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Whistler – Charmosa, Sofisticada e Cheia de Aventuras

Whistler – Charmosa, Sofisticada e Cheia de Aventuras

Ficha 4×1

Data: 9/10/2012 à 12/10/2012

Saímos de: Prince Rupert, BC – Canadá

Destino: Whistler, BC – Canadá (com parada para dormir em Prince George, Canadá).

Distância: Total: 1.370 km. De Prince Rupert até Prince George foram 725 km, e de Prince George até Whistler foram mais 645 km.

Tempo de viagem: Prince Rupert – Prince George: 11:00 horas, incluindo parada para almoço e outras paradas rápidas. Prince George – Whistler: 10:30 horas, incluindo paradas para almoço e combustível.

Trajeto: O primeiro trecho foi feito na Trans-Canada Hwy/Yellowhead Hwy/E/BC-16 E, sempre seguindo as placas para Prince George. Depois seguimos pela Cariboo Hwy/BC-97 S. Nos 200km finais, dirigimos pela BC-99 S (74.6km), Duffey Lake Road (80.5km), sendo o último trecho feito na Sea-to-Sky Hwy (32km). Vale a pena destacar que a estrada é uma atração por si só, com lagos coloridos, montanhas nevadas e animais selvagens ao longo do trajeto.

Onde dormimos: Depois de muito procurar um lugar para acampar, resolvemos encarar um estacionamento público. Fomos para o estacionamento número 5 do centro da cidade, o mais afastado de todos e conseguimos encontrar uma cobertura, que estava semi cheia de areia, em função da obra que estava sendo feita no estacionamento. A outra metade era o espaço perfeito para a Tanajura. Em Prince George, dormimos no estacionamento de um Hotel Cassino e ainda conseguimos uma conexão de internet na faixa.

O que comemos de diferente: Crepe do Crepe-Montagne, no centrinho de Whistler. Tomamos café da manha lá, onde experimentamos diferentes sabores de crepe, em um ambiente agradável, a um preço razoável para os níveis da cidade.

Pneu cheio: A trilha que fizemos ao redor da estação de trem, passando pelo Alta lake e Green lake.

Pneu murcho: A cidade oferece inúmeras atividades outdoor, sendo um polo turístico para quem busca adrenalina ao ar livre. Inclusive, sediou, juntamente com Vancouver, os jogos olímpicos de inverno em 2010. Porém, foi uma pena termos passado por lá fora de estação.

Whistler – Charmosa, Sofisticada e Cheia de Aventuras

Charmosa e agitada, Whistler é uma cidade com bastante gente jovem, em busca de aventura, natureza e sofisticação. Sua popularidade como uma das principais estações de esqui ganhou força depois de sediar as olimpíadas e para-olimpíadas de inverno em 2010. Mas seja no inverno, ou no verão, as atividades e esportes ao ar livre estarão presentes e atendem as todas as idades.

Depois de 15 dias nos aventurando pela vida selvagem do Alasca, estávamos de volta à vida mais urbana. Havíamos chegado em Whistler, uma cidade de aproximadamente 14.000 habitantes, localizada 125 km ao norte de Vancouver, e conhecida principalmente por suas estações de esqui e resorts. Para contar um pouco da história mais antiga de Whistler, precisamos voltar a milhares de anos atrás, muito antes da ocupação européia. Em função de sua riqueza de recursos naturais e vida selvagem, era um importante ponto de parada no caminho que ligava Squamish e Lil’wat, dois importantes povoados da região, sendo que algumas dessas trilhas são mantidas até hoje. Mas foi a partir de 1914, que essa bela cadeia de montanhas nevadas começou sua trajetória de fama até os dias de hoje, sendo reconhecida mundialmente como uma das melhores estações para esquiar. Tudo começou em 1914, com dois irmãos que, com tino para o negócio, resolveram investir na região e contruíram um alojamento que rapidamente tornou-se base para trabalhadores de minas e florestas, ao lado de Jásper e Banff, ao norte da cidade. Com o passar do tempo, por volta de 1950, outros alojamentos foram construídos na região, mais próximos de Whistler, para satisfazer a demanda de turistas.

Mas diferente do que você deve estar pensando, a popularização se deu inicialmente por suas atividades de verão, tendo a pesca como o principal atrativo. Apenas em 1960 é que Whistler entraria no hall das principais estações de esqui, após ser selecionada para sediar as olimpíadas de inverno em 1968. Em função disso, a infra-estrutura do local deu um salto, tendo por exemplo a distância até Vancouver encurtada de 6 horas para 2 horas. A abertura oficial da estação de esqui se deu em 1965. Em 1980 foi inaugurada a Blackcomb, montanha vizinha a Whistler, formando um dos maiores complexos de esqui das Américas. A estação continuou se desenvolvendo, recebendo prêmios e turistas de todo mundo até que em 2003, foi selecionada para sediar as olimpíadas de inverno de 2010. A partir daí, estava consagrada como um santuário dos esportes outdoor, onde também se podem incluir os esportes de verão , como mountain bike e rafting, além de possuir o maior teleférico do mundo em termos de comprimento e altura da gondola (3.024 metros de comprimento e 415 metros de altura no ponto de maior elevação), inaugurado em 2008, ligando as montanhas Whistler e Blackcomb.

Ao desembarcamos do ferry boat em Prince Rupert, ainda tínhamos um longo caminho até nosso destino final, que poderia ser Whistler ou Vancouver (neste caso pularíamos Whistler). Vale a pena destacar que o trajeto, que durou 2 dias é uma atração por si só, com lagos coloridos, montanhas nevadas e animais selvagens ao longo do trajeto. Em uma das paradas para almoço, montamos nossa mesinha no estacionamento do supermercado para matar a fome com o frango recém-comprado no próprio mercado.

Parada para almoço no estacionamento do supermercado, em Smithers.
Lynx com olhar desconfiado, entre Prince Rupert e Prince George

Nossa ida para Whistler se deu muito por causa da indicação da Marjorie, uma amiga que fizemos no trajeto de barco de Belém para Manaus e que morou em Vancouver por 13 anos. A decisão de ir para Whistler também implicava em utilizar o único dia que teríamos tempo bom, com sol, lá em Whisler e não em Vancouver, já que a previsão do tempo para os próximos dias era de chuva para ambas as cidades. Valeu a pena. Como sempre fazemos quando chegamos em lugares com centro de informação turístico, fomos lá conhecer as principais atividades oferecidas na cidade. Apesar da época que estivemos por lá ser um “entre estações”, ainda havia diversas opções. Por sinal, o centro de informações de Whistler era extremamente profissional, no sentido de ser prático, com todas informações na ponta da língua, todos contatos das empresas que oferecem os diversos tipos de passeio disponíveis e até um guichê no qual era possível agendar a atividade já dali do centro de informação. Uma mão na roda. Ficamos interessados no rafting e no passeio de bike, mas Whistler não é um lugar barato e preferimos poupar naquele momento. Por ser uma cidade para atividades ao ar livre, optar fazer uma longa caminhada ao redor dos lagos Alta e Green, passeamos por uma trilha onde muitas pessoas pedalavam, cruzamos o trilho do trem e fomos até a estação de trem que estava fechada até a temporada reabrir.

Alta Lake
Caminhada pelo Alta Lake

Ao longo de uma das trihas, encontramos um parque bastante aconchegante, bem aberto, onde inúmeras pessoas passeavam e brincavam com seus cães. Com as pernas já cansadas, aquele gramado denso e verdinho nos convidou para uma gostosa soneca, que durou cerca de 30 minutos.

Parada para soneca no gramado
Cão mergulhador pegando o disco no ar

Ao terminarmos a trilha, já no fim do dia, voltamos ao centro comercial e fomos até os anéis, que simbolizam as olimpíadas de inverno sediada em 2010, para algumas fotos.

Centro comercial de Whistler

Isso nos fez lembrar que em breve seremos nós hospedando o mundo inteiro, tanto para a Copa do Mundo, quanto pelas Olimpíadas, sendo a segunda quase que sempre lembrada pelos canadenses e norte-americanos quando interagimos e falamos que somos brasileiros.

Na hora de achar um local para dormir foi uma maratona. Não queríamos gastar para nos hospedar e lutamos para descobrir um local seguro para abrir nossas barracas. Depois de quase duas horas, batendo na porta de hospital, correio, mercado, fomos aconselhados a utilizar o estacionamento público mais afastado possível, afinal era aberto e qualquer um poderia aparecer por ali. Fomos para o estacionamento 5 do centro da cidade, já por volta das 10 da noite. Havia alguns carros parados e uma espécie de garagem com 2 vagas que estavam sendo utilizadas para armazenar os materias da obra que ocorria ali ao lado. Um deles possuía areia até a metade. A outra metade era o espaço ideal para a Tanajura e foi onde passamos a noite.

Lugar que encontramos para passar a última noite em Whistler

Acordamos no dia seguinte com chuva, conforme esperado, fizemos o rápido e de praxe café da manha na tampa traseira da tanajura e seguimos rumo a Vancouver.

Para mais fotos da nossa passagem por Whistler, clique aqui!

5 Comentários

  • Lívia Moraes Says

    Odeio ser repetitiva, mas em cada post eu me surpreendo como vocês escrevem bem, não dá pra deixar de elogiar, parabéns pelo post novamente, é viciante, não consigo parar de ler. Gostei bastante desta cidade, muito legal ter essas dicas de lugares menos conhecidos, pelo menos aqui pelos brazukas! Boa viagem, bjs

    • 4x1
      4x1 Says

      Muitissimo obrigado, Livia!!! Ficamos extremamente felizes em saber!! Isso nos motiva a continuar compartilhando um pouco dessas boas experiencias que temos tido pelo caminho! Valeu mesmo! Beijos!

  • Obrigado pessoal. Fotos lindíssimas!

  • Já estava sentindo falta dos informes. Aliás não localizei a galeria de fotos deste evento. Imaginava ver fotos dos lagos coloridos. Abraços a todos e até breve!

    • 4x1
      4x1 Says

      Oi Rogério!! É, estamos atrasados mesmo!! Mas temos fé que conseguiremos colocar as coisas em dia, um dia hehehe!
      Quanto a galeria de fotos, falha nossa! Agora o post está atualizado e contém o link para a galeria! Um abraço!!

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