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Spot

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Vancouver – Um Lugar Para Se Viver

Ficha 4×1

Data: 12/10/2012 à 17/10/2012

Saímos de: Whistler, BC, Canadá

Destino: Vancouver, BC, Canadá

Distância: 123 km

Tempo de viagem: Cerca de duas horas.

Trajeto: Saímos de Whistler pela BC-99, que nos levou direto ao coração de Vancouver

Onde dormimos: Receptividade e aconchego na casa do Caio. Tivemos a oportunidade de ficarmos hospedados com um brasileiro em Vancouver. Como fomos parar lá é uma longa história, que começa ainda pela nossa passagem pelo Brasil.

O que comemos de diferente: Comida boa e grátis no templo hindu. Praticamente uma experiência intercultural.

Pneu cheio: Poucos dias em Vancouver e já se vê o que é qualidade de vida. São diversos os atrativos da cidade, que frequentemente faz juz ao status de melhor lugar para se viver. Vancouver é charmosa, segura e riquíssima em belezas naturais.

Pneu murcho: Chove chuva, chove sem parar! Se tem um lugar para chover, esse lugar é Vancouver. Praticamente todos os dias que passamos na cidade foram cinzentos e chuvosos. Suspeitamos que Jorge Ben passou por lá para fazer sua música.

Vancouver, BC – Um lugar para se viver

Não é à toa que Vancouver é sempre citada entre as melhores do mundo para se viver. Nem a chuva constante consegue tirar a simpatia, o aconchego e a beleza da cidade. Paisagens especiais e pessoas incríveis fizeram da nossa passagem por lá uma experiência única.

O dia em que chegamos já prenunciava o que viria pela frente: chuva e mais chuva! Vancouver tem um clima seco durante o verão (julho e agosto), e passa o resto do ano inteiro na estação chuvosa, sendo que de outubro a março, as chuvas se intensificam. Devido à sua posição geográfica, os ventos se movem do mar para o continente e se resfriam à medida que são forçados para cima conforme avançam sobre o continente em direção às montanhas que circundam a cidade, condensando-se em forma de chuva. Sentimos na pele porque apelidam carinhosamente a cidade de “Raincouver”. Quase todos os dias que passamos por lá foram cinzentos e chuvosos! Mas, sem problemas, toda essa água não tirou o brilho e a simpatia da cidade.

Tempo chuvoso em Vancouver

O mau tempo não tira o charme da cidade

Pode-se dizer literalmente que Vancouver é uma cidade verde. Árvores se espalham por todos os lados e parques densamente florestados se encontram a poucos minutos da maioria dos pontos da cidade. É comum observar pessoas caminhando ou passeando em bicicletas nos diversos refúgios de tranquilidade e natureza que a cidade oferece. Sua área natural é muito bem preservada nos seus arredores e proporciona uma gama extremamente variada de atividades outdoor.

Vista do Stanley Park

Assim que chegamos de Whistler, fomos muito bem recebidos pelo Caio, um brasileiro que conhecemos por acaso do destino. A história de como fomos parar na sua casa é curiosa, e começa ainda quando a Expedição passava pela região Norte do Brasil, onde conhecemos a Marjorie numa viagem de barco de Belém a Manaus. Ela e o Caio viajaram o mundo, passando por diversos países. Ótimas companhias para uma boa conversa. O Caio foi um excelente anfitrião e nos deu as melhores dicas de Vancouver na perspectiva de um local.

Caio, nosso anfitrião em Vancouver, e Expedição 4×1 no Lynn Canyon

A chuva não foi impedimento para que partíssemos para explorar a cidade. Nossa primeira parada já foi de brilhar os olhos. Depois de um almoço rápido (e barato!) em um dos milhares de restaurantes japoneses espalhados pela cidade, seguimos a sugestão do Caio e fomos para a incrível ponte suspensa no Lynn Canyon. Não confunda esta ponte com a Capilano Suspension Bridge! A última pode até ser mais famosa (um dos principais pontos turísticos da cidade), mais comprida (136m vs. 40m) e mais alta (70m vs. 50m), mas também é definitivamente mais cara! A Capilano cobra cerca de US$30 para entrada, enquanto a ponte do Lynn Canyon é grátis e tão legal quanto. A ponte aparece depois de uma trilha curta ao longo do rio que corta o canyon. Estreita, ela balança vigorosamente a cada passo. A adrenalina sobe conforme avançamos e percebemos a altura em que a ponte está suspensa. A vista é de tirar o fôlego! As árvores compridas circundam a queda d’água que enfeita o cenário. Não pudemos resistir a aumentar a emoção e pular o máximo que conseguíamos. A ponte balançava como nunca enquanto ríamos como crianças.

Belas paisagens na trilha que leva à ponte

Vista do alto da Lynn Canyon Suspension Bridge

Árvores gigantes acompanham a trilha

Tiramos um dos dias para passear pelo majestoso Stanley Park. O parque é um mosaico natural composto de diversos cenários à beira-mar, com florestas densas, lagos, pequenas praias, jardins de rosas, tudo colorido pelo amarelo e vermelho do outono e coladinho ao centro urbano. Gostaríamos de ter alugado uma bicicleta para dar uma volta, mas a chuva não dava trégua. Paramos com a Tanajura em pontos específicos e caminhamos por alguns trechos interessantes. Entre eles está um conjunto de totens, que remetem aos antigos habitantes da cidade. Não pudemos deixar de parar nas pequenas praias que aparecem em seu entorno para dar uma olhada na vista. Aliás, em diversos pontos do parque, há uma vista interessante da cidade, até nos dias chuvosos em que estivemos ali.

Tótens expostos no Stanley Park

No desenho, uma águia está sobre um urso

Gabriel brincando com os patos no parque

Beaver Lake, quase um pântano no meio da floresta do parque

Sendo o centro originário da cidade, o bairro de Gastown é uma área excelente para um passeio a pé. E foi exatamente o que fizemos com nossos amigos do 1000dias, Ana e Rodrigo, dois expedicionários brasileiros com um roteiro relativamente parecido com o nosso, que finalmente tivemos o prazer de encontrar em Vancouver, depois de algumas tentativas ao longo dos nossos trajetos. Em Gastown, a cidade se desenvolveu como um importante entreposto do negócio madeireiro da região em meados do século XIX. O nome do bairro se deve ao capitão “Gassy” Jack Deighton, que abriu a primeira taverna da região exatamente ali, no ano de 1867. Ruas de paralelepípedos iluminadas por postes charmosos são envolvidas por edifícios vitorianos que hoje abrigam desde lojas de souvenirs a grifes de roupas elegantes, além de diversos bares e restaurantes. Com placas informativas colocadas estrategicamente ao longo da rua para contar a história por trás de vários edifícios e monumentos, Gastown é um passeio bastante convidativo. Passamos uma noite em um dos seus restaurantes aconchegantes, seguido de um show bastante interessante de bourlesque, regados a muita risada e conversa boa com a Ana e com o Rodrigo. Aliás, nosso encontro com eles foi definitivamente uma dos melhores momentos da nossa passagem pela cidade, mas vamos deixar maiores detalhe para o próximo post.

Ruas charmosas do Gastown

Divertido show de bourlesque, na companhia do casal do 1000dias

Outra caminhada interessante foi pelo Downtown. Caminhamos a esmo, passando por belos edifícios comerciais e diversas ruas charmosas. O lugar mais interessante foi o Canada Place. No formato de uma série de velas náuticas projetadas para o céu, o prédio chama a atenção de longe. Andar pelos seus arredores é bastante interessante e ainda oferece belas vistas das montanhas ao norte. Há uma exposição a céu aberto que conta um pouco da história da guerra EUA-Canadá durante o processo de independência norte-americana, quando estes queriam anexar os canadenses ao seu território.

Prédios pomposos chamam a atenção no downtown

Passeio gostoso pelo centro

Trailers de comida gourmet

Chegada ao Canada Place

Bela vista do porto, a partir do Canada Place

Em uma festa de aniversário dos vizinhos do Caio, que gentilmente nos convidaram depois de uma conversa casual, descobrimos um programa interessante para a manhã de domingo: o Science World. Este é um museu de ciências, que para nossa sorte estava aberto ao público naquele dia. O lugar estava completamente cheio. A maioria eram pais levando seus filhos para um pouco de entretenimento educativo, mas algumas atrações eram também interessantes para os que já cresceram e isso talvez inclua alguns de nós. Conseguimos lugares para assistir a uma sessão no Omnitheater, onde passavam o filme “To the Artic” (“Para o Ártico”), que conta a história de sobrevivência de uma mamãe urso e suas crias nas águas geladas do ártico. Cobravam um valor para o ingresso (cerca de US$10), mas definitivamente valeu a pena. O filme e a sala de projeção (tipo planetário) em si eram incríveis! Sentimos como se estivéssemos pulando as geleiras com os ursos.

Manhã de domingo no Science World

Curiosidades no museu de ciências

Nas nossas idas e vindas, não pudemos deixar de reparar na quantidade de estrangeiros que se encontram espalhados pela cidade. Vancouver é de fato, uma cidade internacionalizada. Orientais e indianos aos montes, inúmeras outras nacionalidades e é claro, brasileiros a cada esquina! Aliás, foi em um bar brasileiro que nos divertimos de verdade na cidade. O Caio nos levou para conhecer o Boteco Brasil, onde ele ia tocar um legítimo samba. Cerveja, coxinha e aquela picanha com arroz e feijão foram acompanhados de muita música e alegria que só o brasileiro tem. Deu para matar um pouco da saudade de casa. Aproveitamos a oportunidade para marcar lá o encontro com a expedição do 1000dias (Rodrigo e Ana), que alegrou ainda mais a noite, com a companhia dos Kombianos (Meli e Kike), casal colombiano que viaja a América há anos. Conversar com eles e conhecer suas histórias foi uma experiência incrível e inspiradora.

Encontro de expedições em Vancouver: 4×1, 1000dias e Kombianos, em noite divertida no Boteco Brasil, acompanhados da simpática Márcia e do Caio

A conversa do bar se extendeu por outros dias, quando novamente encontramos o 1000 dias e a Fiona para um passeio pela cidade. Depois de um almoço no Boteco Brasil, curtimos um fim de tarde e o pôr-do-sol em Wreck Beach, uma praia ao noroeste de Vancouver.

O nudismo é permitido na praia, mas parece que o friozinho espantou o pessoal

Mais um belo pôr-do-sol na viagem

Essa mistura de culturas também nos proporcionou uma experiência no mínimo curiosa. Mais uma dica quente do Caio nos levou para um almoço diferente. Fomos almoçar em um templo hindu! Comida indiana, feita diretamente por indianos (ou descendentes de)! E o melhor: era tudo de graça e à vontade! Os hinduístas tem essa cultura de caridade e distribuem comida para aqueles que aparecem na sua porta. A comida é apimentada como toda cozinha indiana, mas é bem gostosa! Qualquer um pode chegar nos horários predefinidos e será servido com muita simpatia. Encontramos jovens, velhos, famílias, tinha todo o tipo de gente no refeitório. E se for um dos últimos a chegar, ainda terá a chance de ser convidado para ajudar na limpeza do salão antes dele ser fechado. Nós fomos!

Templo hindu, comida boa e grátis

Vancouver nos pareceu uma cidade realmente gostosa para se viver. Cultura, natureza, tranquilidade, badalação. A cidade oferece de tudo e mais um pouco, e reúne as melhores coisas que podemos pedir de um lugar para se viver. Ficou aquele gostinho de quero mais e a curiosidade de como seria estar ali fora da época das chuvas.

Para ver mais fotos da nossa passagem por Vancouver, clique aqui.

9 Comentários

  • Ola meninos!!!!!!!

    Que bom saber que vcs estao bem ,

    obrigado pelas fotos lindas os

    Botequeiros adoraram.

    foi muito bom conhecer voces,bjus ,

    Marcia Boteco Brasil

    • 4x1
      4x1 Says

      Oi Márcia!!!

      Muito obrigado pelas palavras!

      Foi um grande prazer conhecer você!!
      Encontrar a alegria dos brasileiros espalhados por aí nos mata um pouco a saudade de casa!

      Esperamos que esteja tudo ótimo por ai!!

      Mantenha contato!!

      Beijos

  • GEYZA Says

    VCS ME DIVERTEM COM O COMENTÁRIO ABOUT JORGE BEM.
    VANCOUVER É REALMENTE UM MUST!
    ME CHAMOU A ATENÇÃO NO AQUÁRIO NO STANLEY PARK, ONDE HAVIA UMA BALEIA BELUGA RECÉM NASCIDA, UMA REUNIÃO DE VÁRIOS EXECUTIVOS ENGRAVATADOS E TÉCNICOS, QUE DIANTE DE UMA DAS VITRINES CONFABULAVAM O POR QUÊ DE UM PE
    QUENO CARANGUEJO QUE SE MOVIMENTAVA SOLTANDO UM LÍQUIDO ESTRANHO GRUDADO NO VIDRO; PODE? SÓ MESMO LÁ!
    ONDE NÓS BRASILEIROS PODEMOS TB TER A VISUALIZAÇÃO DOS PEIXEIS DO RIO , ACREDITEM, A-M-A-Z-O-N-A-S , ONDE ELES REPRODUZIRAM COM MUITA AUTENTICIDADE O HABITAT NATURAL DE UMA DAS MAIORES ESPÉCIMES DO MUNDO. ADOREI OS COMMENTS, BJS.

    • 4x1
      4x1 Says

      Gostamos muito da cidade tambem, Geyza!!! Infelizmente acabamos nao indo no aquario, vai ficar para a proxima visita!! =]

      Obrigado pela força!

      Beijos!

  • Sempre tive vontade de mudar para uma cidade com padrões elevados de qualidade de vida. Sempre que ouço comentários de tais cidades, a primeira coisa que procuro saber é com relação ao clima. Eu detesto chuva, tempo nublado etc. Nasci numa cidade perto da Serra do Mar onde praticamente tínhamos as quatro estações do ano num único dia. Fiquei mais feliz quando vim para o Nordeste. Definitivamente Vancuver não seria minha opção de vida, embora todos que a conhece comentam exatamente essa questão da qualidade de vida! Como diz o dirtado, “nem tudo é perfeito”.

    • 4x1
      4x1 Says

      Realmente, Rogério! Infelizmente nada é perfeito! Gostmos bastante de Vancouver apesar da chuva…temos que voltar lá na época seca para tirar a “prova real” rs

      Grande abraço!

  • Que maneira essa integração com outros aventureiros!!! Parabéns… amei o post!!!! Quero ir pra Vancouver!

    • 4x1
      4x1 Says

      Essa interação é sempre muito rica para a gente!! Muito legal!!! Valeu Marina..vá pra Vancouver mesmo, o lugar é show!hehe Beijos!

  • Marina Says

    Que maneira essa integração com outros aventureiros!!! Parabéns… amei o post!!!! Quero ir pra Vancouver!

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