Ficha 4×1
Data: 22/01/2013 à 23/01/2013
Saímos de: Guatemala City – Guatemala
Distância total: 110 km
Onde dormimos: Estação de Bombeiros em Panajachel. Deixaram que armássemos as barracas no estacionamento.
Pneu Cheio: A beleza do Atitlán e o contato com a cultura local.
Destino final: Panajachel – Guatemala
Tempo de viagem: Aproximadamente 2 horas
O que comemos de bom: Nada diferente do que estávamos comendo nos últimos dias
Pneu murcho: Visita rapidinha…com horário marcado com o barco que nos conduzia pelos pueblos, o tempo para visitar as cidades no mesmo dia foi curto
Trajeto: Seguimos a Panamericana à oeste de Guatemala City, e tomamos o desvio na altura da cidade de Patzicia para uma estrada local que leva direto à Panajachel.
Lago de Atitlán – Guatemala
Imagine um dia intenso. Em menos de 24 horas, acordamos de nossas acomodações no corpo de bombeiros, tomamos um barco e visitamos quatro pueblos ao redor do gigantesco e belíssimo Lago de Atitlan. Além da paisagem do lago e os vulcões dos arredores, a cultura local também chama atenção e completa a experiência nesta jóia da Guatemala.
Saímos de Guatemala City no meio da tarde, após o almoço e depois de algumas horas de estrada já estávamos na cidadezinha de Panajachel, principal porta de entrada para os visitantes do Lago Atitlán. Depois de um giro na cidade para procurar onde passar a noite, acabamos caindo em um lugar um tanto quanto inusitado: o Corpo de Bombeiros. Permitiram que dormíssemos no estacionamento sem muito problema, e ainda pudemos usar o banheiro deles, ótimo negócio.
Dia seguinte, faríamos um passeio pela ilha. Empresas de turismo oferecem uma volta de lancha, parando em alguns dos pueblos localizados no entorno da ilha. São diversas pequenas cidades que se espalham ao redor dos 126 km² do Atitlán e oferecem um pouco da cultura maia ainda remanescente aos turistas. Em um dia, recomenda-se visitar entre 3 ou 4 dos pueblos, para que se possa curtir um pouco do visual e também conhecer o que as cidades tem a oferecer.
A primeira vista do lago é impressionante. Primeiro, pelo seu tamanho, segundo pela sua beleza. Não é à toa que é considerado um dos lagos mais bonitos do mundo. Três vulcões dão um charme especial à paisagem: o Atitlán, o Tolimán e o San Pedro. Este último, dizem ter cessado sua atividade vulcânica há milhares de anos, enquanto os outros dois permanecem ativos, ainda que a última erupção do Atitlán tenha acontecido em 1853.
A primeira parada foi na aldeia de Santa Cruz la Laguna. Cidadezinha pequena, que parece estar crescendo rápido nos últimos anos. Tivemos a impressão de que o turismo está tomando conta da região e a aldeia cresce em torno disso. Tomamos um tuc-tuc (tipo aqueles da Índia mesmo!) para subir até o centro. Depois de observar as crianças locais brincando no recreio, e passarmos pela igrejinha na praça central, subimos ao mirador para uma vista mais panorâmica do lago. Belo visual.
A próxima aldeia foi a de San Marcos la Laguna, supostamente o melhor local para um mergulho no lago. Não foi todo mundo que encarou a água gelada, já que a temperatura fora da água não era das mais convidativas. Quem não nadou, saiu para uma voltinha na cidade. O lugar é bem tranquilo e os turistas aproveitam para relaxar no lodge à beira do lago. Subimos o morro e no caminho encontramos uma mistura de costumes. Algumas senhoras passavam com roupas tradicionais, enquanto os mais jovens já esbanjavam roupas de marca (de autenticidade duvidosa) e smartphones.
Seguimos o passeio com nosso barqueiro, que dessa vez nos deixou em San Juan, nossa parada mais longa e talvez a mais interessante. Novamente, um batalhão de tuc-tucs esperam os viajantes que descem no píer. Decidimos conversar com um deles, que nos ofereceu um tour por toda a cidade. E este foi muito interessante.
Passamos pela cooperativa de café, onde aprendemos um pouco sobre como esta atividade funciona na região, famosa por exportar este produto para o resto do mundo. Pudemos até provar um cafezinho deles e concluímos que, apesar de bom, somos bem mais o nosso café brasileiro!
Outra atividade forte na cidade é o artesanato. Pela ruas, espalham-se diversos murais de Juan Francisco Guzman, famoso artista da região. Seus quadros são verdadeiras peças de arte, que retratam as paisagens e realidades locais. Em sua galeria, vimos alguns gringos comprando vários para levar para casa.
Ainda tivemos a oportunidade de conhecer uma cooperativa de artesanato, onde conversamos com uma simpática senhora, que há anos passa sua experiência aos mais jovens. As cores dos tecidos são extraídas naturalmente, a partir de essências de folhas e frutas. O trabalho é bastante interessante.
A última parada na ilha foi em San Pedro. O nosso tempo estava curtíssimo, e não pudemos conhecer mais que o restaurante em frente ao lago aonde almoçamos. A cidade parecia mais turística e badalada, sendo repleta de restaurantes e bares na rua principal. Almoçamos correndo e voltamos ao barco, antes que o barqueiro decidisse nos deixar por lá mesmo (e ele realmente estava prestes a fazer!).
Saímos do Lago de Atitlán encantados com sua beleza e com tudo que absorvemos dos pueblos ao seu redor. Era nosso último dia na Guatemala. Seguimos viagem rumo à desconhecida El Salvador.
4 Comentários
só tenho uma coisa a dizer: que tesão de viagem meu! a América é demais.
me prometam uma conversa quando estiverem em sampa, quero fazer esse trajeto tão longo quanto me formar haha
abç
Valeu Thiago!! A América é realmente apaixonante!
Vamos marcar sim
A partir de Julho estaremos de volta e podemos combinar uma data. É só nos avisar.
Forte abraço!
Comentário à la Hebe Camargo:
-‘Que gracinha esses povos das Américas!”
selnhos para todos…
Oi Geyza! hahahaha
Nos divertimos muito com o comentário, com certeza a Hebe adorou a lembrança! Beijão