Ficha 4×1
Data: 05/01/2013 e 08/01/2013
Saímos de: Tulum (par ao Gran Cenote) e Mérida (para os 3 Cenotes de Cuzamá) – México
Distância total: 5 km para o Gran Cenote (de Tulum) e +- 50 km (de Mérida) para os 3 Cenotes de Cuzamá
Onde dormimos: Camping em Tulum e estacionamento de hotel em Mérida.
Pneu Cheio: Beleza surreal dos cenotes…a composição das cavernas com o azul da água é de hipnotizar
Destino final: Gran Cenote e 3 Cenotes de Cuzamá – México
Tempo de viagem: 10 minutos para o Gran Cenote, e quase 1 hora para os 3 Cenotes de Cuzamá
O que comemos de bom: Não comemos nada nos cenotes.
Pneu murcho: Tempo limitado nos 3 Cenotes de Cuzamá…o guia nos dá apenas cerca de meia hora em cada cenote, antes que parta com o seu cavalinho para a chuva
Trajeto: Saindo de Tulum ao norte pela 109, durante 10 minutos, chegamos ao Gran Cenote. Para os 3 Cenotes, saímos de Mérida em direção a Valladolid, desviamos na YUC 18 até Cuzamá.
O Azul Místico dos Cenotes
Quando achamos que o azul do Caribe nas belas praias da Península do Yucatán já impressionavam, encontramos outra beleza singular, típica da região: os cenotes. Poços de água azul cristalina submergem em meio à natureza cercada de mistérios e encantam a todos com suas cores vivas à luz do sol.
Importantes elementos da cultura mexicana, os cenotes já representaram a principal fonte de água doce para os maias e hoje são explorados como atividade turística. Cercado de histórias sobre sua formação, esse fenômeno natural está presente em mais de 7.000 pontos espalhados pela Península do Yucatán.
Um cenote pode ser totalmente aberto, como um lago, ou quase completamente fechado, como uma caverna. A água encontrada em seu interior pode ser doce, salgada, ou ambas. Independente de suas características estruturais, todos eles parecem compartilhar de uma beleza mística à luz do sol, compondo uma paisagem daquelas de tirar o fôlego.
Lendas regionais contam que os cenotes surgiram a partir da queda de meteoros, há milhares de anos. Contudo, as teorias mais aceitas, tratam-nos como depressões constituídas de calcário poroso. Apesar disso, carregam no nome o título de sagrado, originário da palavra do idioma maia “ts’onot”. Há quem acredite no seu poder medicinal, fonte curativa do misticismo indígena, ou mesmo que eles sejam portais para comunicação com os deuses.
Em todo o México, o turista pode encontrar cenotes, especialmente em cidades com sítios arqueológicos. Apesar de acessíveis ao público, normalmente, estão em locais privados, sendo necessário pagar uma taxa de visitação, em torno de R$ 10. Nos cenotes, geralmente é possível fazer atividades como snorkeling ou mergulho. Os mais preguiçosos podem simplesmente curtir o visual e se banhar nas águas cristalinas.
Tivemos a oportunidade de visitar alguns deles durante as nossas “férias” no Yucatán. O primeiro que conhecemos foi o Gran Cenote, localizado nas redondezas de Tulum. Em meio ao verde da floresta, poços de água levam ao interior de cavernas repletas de água. Mergulhadores certificados, como o nosso amigo André, podem descer nas águas subterrâneas e vagar entre as saídas do Gran Cenote. Há ótimos pontos para simplesmente dar um mergulho sem compromisso e curtir a natureza.
Também passamos pelos 3 Cenotes de Cuzamá, cidade localizada a cerca de 45 minutos de Mérida. Em um mesmo passeio, visita-se os cenotes Chelentun (“Saindo pedras”), Chansinic’che (“árvore com formigas”) y Bolonchoojol (“nove gotas de água”). Ao chegar na vila, contratamos um guia para nos levar em meio à mata. O transporte era curioso: burros puxavam uma carroça que andava sobre trilhos. O mesmo trilho é usado para ir e para voltar, de maneira que se encontrássemos outro grupo no caminho inverso, alguém tem que ceder e puxar a carroça para fora dos trilhos.
O passeio durou praticamente a tarde inteira e foi bastante interessante. A carroça leva à entrada dos cenotes, onde há escadas de madeiras que dão acesso às grutas. Buracos na superfície permitem a entrada da luz do sol, dando cor ao espetáculo. Um azul inexplicável surge da água iluminada. Não é à toa que há todo um misticismo em torno desses fenômenos.
Vontade não faltou para conhecer os outros milhares de cenotes espalhados pela região. Mesmo alguns dos famosos como o Ik-Kil, nas ruínas de Chichén Itzá (chegamos atrasados!), ou o Dos Ojos, também próximo à Tulum (o qual passamos reto!), vão ter que ficar para a próxima visita, que não poderíamos deixar de fazer depois de conhecer esta impressionante beleza natural.
Para mais fotos dos cenotes, clique aqui!
6 Comentários
Quanto mais vocês avançam pelo México, mais bonito fica! Que lugar incrível!
Pois é Lívia, no final passamos quase dois meses inteiros no México! Esse é uma país muito rico e diverso, vale muito a pena conhecer =)
Que bom que tem gostado da nossa passagem por lá, beijos!!
QUE LINDOOOOO!!!!!!
=)
Meus Deus, que coisa mais linda! Imagino a emoção de quem vê isso pela primeira vez. Um verdadeiro show da natureza. Um toque de magia do grande mestre!
Oi Rogério! Os cenotes foram uma excelente surpresa na nossa passagem pelo Yucatán! Vale muito a pena a visita… e são tantos, dá pra passar semanas conhecendo-os! hehehe