Ficha 4×1
Data: 05/12/2012 à 07/12/2012
Saímos de: La Paz, Baja California – México
Distância Total: 470 km pelo Mar de Cortez até Mazatlán; mais 430 km até Puerto Vallarta
Onde dormimos: Seguimos na onda dos RV Parks. Tanto no San Fernando RV Park em Mazatlán, como no Tacho RV Park em Puerto Vallarta, havia boa estrutura para acampar com nosso carro.
Pneu cheio: Riqueza cultural e histórica. Mazatlán e Puerto Vallarta preservam muito bem sua herança colonial. Aconchegantes e bonitas, as cidades tem muita história para contar.
Destino Final: Mazatlán e Puerto Vallarta – México
Tempo de viagem: 18 horas no ferry de La Paz à Mazatlán; e cerca de 6 horas (incluindo paradas policiais e banheiro) até Puerto Vallarta.
O que comemos de bom: A melhor mole poblana do México. Não estávamos na região de Puebla, mas achamos difícil alguma mole bater a Mole de Jovita em Puerto Vallarta.
Pneu murcho: Acampar em algumas cidades urbanas é tarefa difícil. No caso destas duas, acabamos ficando um pouco longe dos centros para conseguir um camping.
Trajeto: Cruzamos o Mar de Cortez de ferry. Depois de uma noite em Mazatlán, tomamos a carretera Mazatlán-Tepic até a saída para Puerto Vallarta.
Mazatlán e Puerto Vallarta – Um passeio à época colonial
Nossa passagem pelo outro lado do México não poderia começar melhor. Cidadezinhas mais que aconchegantes com centros históricos que ainda guardam resquícios do período colonial. Mazatlán e Puerto Vallarta são jóias da costa do Pacífico mexicana, que pouco se ouve falar no Brasil diante do glamour de cidades como Cancun e Los Cabos.
Mazatlán – Uma tarde no século XIX
Apesar de um litoral de 20 km de extensão, recortado por uma variedade de praias e resorts, o que chama a atenção em Mazatlán é seu centro histórico. Revitalizações feitas na década de 80, tornaram a ‘Mazatlán Antiga’ um lugar realmente único.
A primeira parada foi na Catedral da cidade, que data do século XIX. Suas torres de tijolos amarelos guardam um interior todo decorado em detalhes. A igreja se encontra em meio a um centro omercial com diversas lojas e barraquinhas de rua.
Seguimos para a tradicional esquina da rua Carnaval com a Constitución, onde está a charmosa Plazuela Machado. A praça é cercada de galerias de arte, cafés e restaurantes. As arvorés vistosas e alinhadas dão um toque a mais ao lugar. Fizemos uma visita à Casa Machado, um museu que conserva móveis da época colonial e também conta um pouco da história da cidade, que surgiu como um importante entreposto comercial com seu porto. Do segundo andar da casa se tem uma bela vista panorâmica da Plazuela Machado.
O passeio terminou com uma volta de carro pela orla da Playa de Olas Altas, já em direção à Zona Dorada, onde estão localizados os resorts de praia. O caminho proporciona belas vistas das construções antigas à beira-mar.
Puerto Vallarta – Viva a Virgem de Guadalupe
Chegamos em Puerto Vallarta na data certa. Era época de festas da virgem de Guadalupe. A cidade estava cheia e as ruas bastante movimentadas. Próximo ao malecón, um palco estava montado para apresentações musicais. Nas ruas, as diversas paróquias da cidade faziam procissão até a Catedral de Guadalupe, logo em frente a Plaza Principal. As procissões traziam música e dança típicas, assim como algumas vestimentas festivas. A energia da cidade nos contagiou com essa ótima primeira impressão.
Poucas horas nas ruas de Vallarta e já se percebe porque ela é a capital gay do México. Casais homossexuais estão em todos os cantos da cidade. Diversos bares e restaurantes levavam a bandeira do orgulho gay como um modo de se mostrar amigáveis (gay-friendly); outros levavam até essa expressão escrita. Ficamos imaginando se o pessoal achava que fazíamos parte do time, afinal éramos um bando de homens andando sempre juntos. Mas enfim, não temos problema nenhum e até nos divertíamos com isso.
No dia seguinte curtimos o centro novamente. Almoçamos em uma barraquinha de tacos de peixe (Marisma Fish Tacos), nossa comida preferida do México, antes de seguir a caminhada. Passamos um tempo em frente aos Arcos do lado oposto à Catedralda Plaza Principal, deixando o tempo passar e caminhamos pelo charmoso malecón. Demos uma volta também pela Isla Río Cuale, onde os antigos habitantes da cidade construíram suas primeiras casas. Hoje o lugar abriga um museu e várias lojinhas de artesanato local.
Para o jantar, passamos no super recomendado El Mole de Jovita na rua Badillo. O restaurante tem como especialidade a famosa mole poblana. Apesar de ser um prato mais tradicional da região de Puebla, o simpático dono do restaurante vendia seu prato como o melhor do México. Segundo ele, a própria mãe fazia lá em uma cidadezinha na parte continental e mandava para ele tudo fresquinho. Não pudemos negar, o prato era uma delícia, e foia melhor mole que comemos no México. Para quem não sabe, a mole é um molho à base cacau e outras trinta e tantas especiarias, tradicionalíssimo no México. Vale a pena experimentar!
O dia terminou em festa em um dos bares do malecón. Assim como em Cabo San Lucas, os bares tinham cara de gringo e realmente era o que se via por ali. Foi uma noite divertida.
A passagem por essas duas belas cidades foi como um passeio à época colonial, com uma pitada de modernidade, principalmente nas opções de vida noturna! Um lado interessante do México continental, que estávamos começando a conhecer.
Para mais fotos de Mazatlán e Puerto Vallarta, clique aqui!
6 Comentários
Que gracinha de lugar!!!!
me lembra um pouco as Ramblas….
chegaram rea// na data certa , que riqueza cultural!!!!
bjs
Oi Geyza!! Realmente tiivemos muita sorte com a data! Foi uma experiencia interessante que pudemos apreciar!! Além disso, a cidade em si também é super bonita!! Obrigado pelo comentario! Beijos!
É desta forma que descobrimos outras cidades interessantes no México além dos lugares turisticos tradicionais como Cancun,Los cabos ou Acapulco.valeu a visita.Espero que voces não tenham trazido consigo nehuma brisa de Vallarta,o centro gay do México,ha,ha,ha.
Abraços a todos e continuem aproveitando a viagem.
Oi Luiz! Exatamente, é muito interessante poder descobrir os lugares menos turísticos e que também valem uma visita! O bom é que essa nossa expedição nos permite isso!!
Sobre a brisa de Vallarta, não trouxemos não! hahaha. Nem a água de lá a gente tomava! hehehehe
Abração e até mais!
É sempre bom visitar outros países e conhecer as tradições, raízes e suas peculiaridades. Ver coisas diferentes como esse calendário azteca, especiarias nos deixa com vontade cada vez mais de expandir nossos horizontes caido na estrada como vocês fizeram. Que experiência fantástica. Não me canso de dizer. Aproveitem ao máximo!
Oi Rogério! Que sorte a nossa de poder entrar em contato com todas essas culturas e tradições!! Isso nos enriquece e nos dá vontade de continuar viajando e conhecendo!! Mais uma vez, muito obrigado por ser nosso fiel companheiro! Grande abraço de todos nós e esperamos que continue gostando dos nossos relatos e fotos!