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Acompanhe aqui os relatos, dicas, fotos e vídeos da Expedição 4x1 Retratos das Américas!



Spot

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Petrolina (PE) – Oásis no Sertão Nordestino

Ficha 4×1:

Data: 18/06/2012 a 22/06/2012

Saímos de: Lençóis – BA (Chapada Diamantina)

Destino: Petrolina, PE

Distância: 505 Km

Tempo de Viagem: Quase 8 horas (considerando as paradas para almoço, abastecimento e algumas fotos).

Trajeto: Saímos de Lençóis e logo pegamos a BR 242. Após aproximadamente 90 Km apanhamos a BR 407 direto para Juazeiro e Petrolina. (Boas estradas! Apenas 16Km com trecho de terra batida, devido a uma reforma nesse trecho).

Onde dormimos: Acampamos no estacionamento da Pousada Rio Belo na beira de uma rodovia onde negociamos pagar somente o café da manhã por R$ 6,00 cada um =)

O que comemos de bom: Especialidade do Sertão Nordestino: a Carne de carneiro! Fomos muito bem acolhidos no excelente restaurante: Bode Assado do Ângelo. Também comemos os tradicionais peixes da região: Surubim e Tambaqui - no premiado restaurante Maria do Peixe.

Pneu Cheio: as paradisíacas dunas do São Francisco no município de Casa Nova.

Pneu murcho: esperar por mais de 30 min o barco da Travessia do Juarez para retornarmos da belíssima ilha do Rodeadouro.

O calor sentido em Petrolina transcende àquele irradiado pelo Sol. Ele pôde ser percebido em cada conversa com os simpáticos cidadãos nos vários lugares onde estivemos. O próspero Vale do São Francisco encanta com suas belezas naturais, cultura e gastronomia.

A ida à Petrolina surgiu por um acaso. Ainda no início do nosso planejamento a ideia era sairmos da Chapada Diamantina para a cidade de Mateiros, no Tocantins, para visitarmos o Jalapão (Mateiros é um dos municípios de entrada ao Jalapão). Mas dois dias antes de sairmos da Chapada nos demos conta que o Google Maps sempre apontava a cidade de Mateiros muito fora de seu ponto original. A entrada ao Jalapão fica em torno de 300 km de Palmas e o Google Maps apontava Mateiros quase na divisa do Tocantins com o Maranhão: mais de 800 km de seu ponto original. Dessa forma, ir para o Jalapão naquela altura significaria perder de conhecer melhor o Nordeste. E não era isso o que queríamos.

Era por volta das 18h quando cruzamos a ponte Presidente Dutra que une a cidade baiana de Juazeiro à pernambucana Petrolina. As cidades são divididas pelo Rio São Francisco que traz muita prosperidade à região, tornando-as um verdadeiro ponto fora da curva em meio à seca do sertão Nordestino. Petrolina, mais desenvolvida, apresenta índices de cidade modelo: com 95% de saneamento básico e o título de maior exportadora de frutas do país, a cidade é ainda a segunda maior produtora de vinhos no Brasil!

Um verdadeiro contraste com o resto da região. Contraste esse que íamos notando já na BR-407 que corta o sertão Baiano. Animais magros, casas de adobe, mais de 10 rios e córregos secos e pelo menos 6 carros-pipa ao longo daqueles 500 km eram os retratos de uma região castigada pela maior seca dos últimos 55 anos. Mas ao nos aproximarmos de Juazeiro e Petrolina aquele cenário aos poucos mudava. Eram os filhos pródigos do Sertão!

Naquela noite, famintos e após rodarmos por mais de uma hora em busca de um estacionamento (em hotéis e pousadas da região) para podermos acampar, seguimos para o famosíssimo Bodódromo já quase às 20h30. Ao longo de toda a cidade placas indicam ao turista (na verdade esse é um ponto que nos chamou muito a atenção: a cidade é muito bem sinalizada com placas!) como chegar a essa rua que abriga restaurantes típicos que fazem a mais famosa iguaria sertaneja: a carne de Carneiro. Isso mesmo! Carneiro! Pois apesar do nome do local fazer referência ao Bode, a carne de carneiro é mais macia e o animal pode dar cria até duas vezes no ano. Após estacionarmos ali não tínhamos dúvida de qual restaurante escolher: com todas as mesas ocupadas e uma gostosa música típica sendo tocada ao vivo, fomos direto ao Bode Assado do Ângelo. E, logo que entramos, fomos conversar com o Ângelo (proprietário do restaurante e, hoje, cidadão honorário de Petrolina!). Muito simpático, ele nos contou sua trajetória profissional até fundar o restaurante em 2003 (o Bodódromo existe desde Setembro de 2000). Após contarmos da Expedição ele nos ofereceu o prato principal da casa como cortesia: Carne de carneiro no espeto acompanhado de arroz, feijão tropeiro, macaxeira frita (mandioca ou aipim para alguns), vinagrete, purê de macaxeira e um delicioso pirão de bode!

Manhã seguinte. Era o dia de fazermos o tradicional passeio à Rota do Vinho. O relógio marcava 6h50 e o dia amanheceu com muitas nuvens escuras. “Paulistanos” típicos, poderíamos imaginar que viria temporal. Ingênuo engano, estávamos no Sertão!!! Às 9h os termômetros já marcavam 27°C e o céu estava azul sem nenhuma nuvem. Saímos a caminho da Vitivinícola Santa Maria, a 63 km de Petrolina. ‘Viti’ é relativo ao cultivo da videira e ‘vinícola’ à fabricação do vinho. A vitivinícola Santa Maria é uma das principais visitas na Rota do Vinho, que possui outras opções (por exemplo: a visita à fazenda Ouro Verde, produtora do vinho da gaúcha Miolo). Nosso guia na Santa Maria foi o Valdemir, um dos mais antigos funcionários e que está lá desde a época em que a fazenda ainda era gerida por brasileiros.  Há 10 anos a vitivinícola é gerida pelo grupo português Rio Sol que realiza diversas pesquisas na região, juntamente com apoio da Universidade de Lisboa. Lá, além de engarrafarem os premiados vinhos Rio Sol, também fabricam os vinhos Rendeiras e a linha regional Adega do Vale, com foco no público nordestino.

De acordo com o Valdemir, que está lá há 17 anos, algumas curiosidades destacam o Vale do São Francisco em relevância mundial na produção de vinhos: a primeira é que o local é o único lugar do mundo em que se é possível fazer de duas a três colheitas de uva anuais! Muito vinho da região é, inclusive, exportado para Europa em tonéis e volta para o Brasil somente com o rótulo da vinícola europeia. A segunda curiosidade é que qualquer tipo de uva pode ser plantado no vale, fato que não se repete em nenhum local do mundo. De qualquer forma as mais cultivadas são Cabernet Sauvignon, Syrah, Alicante Bouschet e Touriga Nacional.

Após a visita fomos almoçar no muito recomendado restaurante Maria do Peixe. Não era à toa que ouvimos tantas recomendações: em sua parede, logo na entrada, estavam penduradas 7 placas dos prêmios Guia 4 Rodas (2003 a 2009), além de diversos prêmios Top Ouro em pesquisas de opinião pública em Petrolina. E, após conversarmos com a dona Lucimaria, filha de dona Maria (fundadora), ela nos ofereceu de cortesia a tradicional moqueca de Surubim e o Tambaqui frito.

Satisfeitos, apanhamos o barco público (que custa somente 1 real!) para cruzar de Petrolina para Juazeiro e voltamos a pé pela ponte Presidente Dutra.

De cima da ponte é fácil observar os contrastes entre as duas cidades, principalmente os que se relacionam aos distintos níveis de desenvolvimento econômico. Mais rica, Petrolina exibe seus altos e modernos edifícios; do outro lado, Juazeiro possui em sua margem inúmeras lojas de comércio popular. No entanto, caminhando em suas margens, nota-se que faltou à Petrolina um pouco do capricho e zelo do “primo pobre”. Esses são, na verdade, aspectos que notamos nas diversas cidadezinhas baianas que percorremos. Em sua maioria, estavam sempre limpas e com aspecto de urbanismo bem planejado e organizado.

No caminho de um dos passeios avistamos um grande acampamento do MST na estrada que leva à Petrolina.

Paramos e fomos conversar com os acampados. Algumas crianças que acabavam de voltar da escola se juntavam às suas mães e avós enquanto maridos e outros familiares estavam na roça. Para nossa surpresa eles relatavam que, apesar da condição, não passavam fome. O bolsa-família, somado a cestas básicas doadas mensalmente por um órgão local, ajudava na complementação da renda familiar, que vinha basicamente do trabalho dos maridos que recebiam diárias pela hora trabalhada em lavouras da região.

Inclusive, o simpático senhor Raimundo nos contou que dificilmente eles matavam alguns de seus bodes, perus e galinhas para sustento: “(…) eu crio mesmo é pra poder ter aqui com a gente né. É pra passar o tempo”.

Saímos do acampamento e por volta das 11h fomos à Ilha do Rodeadouro. O acesso é feito de barco e custa por volta de R$3,00 por pessoa. A areia branca e as águas cristalinas do Velho Chico foram muito bem acompanhadas por um delicioso peixe assado na brasa e água de coco. Era nossa primeira experiência em uma praia de água doce!

Ainda naquele dia fizemos uma visita ao muito conhecido museu ‘Ana das Carrancas’ (assim como o Bodódromo, diversas placas na cidade mostram como chegar). O museu é na casa onde viveu dona Ana: uma respeitadíssima e premiada artesã local (nascida em 1923) que usou o barro do Velho Chico para fazer suas famosas obras inspiradas nas carrancas de antigos barcos pesqueiros. Mas, mais impressionante que conhecer suas obras, é ouvir cada detalhe de sua história de vida da boca de sua própria filha, Maria da Cruz, que carinhosamente nos recebeu!

Era chegado nosso último dia na região e decidimos conhecer a famosa e polêmica Represa de Sobradinho (citada na canção de Sá e Guarabyra, de 1977, trilha sonora do nosso vídeo). Testemunhamos ali que de fato o sertão já virou mar.

Sobradinho possui o maior lago artificial da América Latina criado pelo alagamento que encobriu a antiga cidade que, segundo dizem, ainda pode ser vista na maré baixa do rio (não tivemos a sorte de ver). Mas mesmo que o homem tenha “desfeito a natureza”, as águas azuis do Velho Chico, em meio à tamanha secura, ainda permitem um visual indescritível que pode melhor ser apreciado no topo do mirante da torre.

Ainda no trecho final da estrada, logo antes de se chegar à usina, notam-se alguns tanques de piscicultura no meio do lago. Resolvemos então navegar com os caras que tomavam conta de um dos criadouros para conhecer a criação in loco. Uma experiência um tanto quanto diferente!

Mas o melhor ainda estava por vir. Faltava a cereja do bolo para selar aquela incrível experiência. Sem saber a saída exata na BR-235, perguntamos para diversos locais até encontrar. Seriam mais 18 km de estrada de chão sobre cascalho e no final nos depararíamos com um pequeno riacho de aproximadamente 50 cm de profundidade. Era só cruzar. Mais adiante entramos num verdadeiro oásis no meio do Sertão: ali estavam as dunas do São Francisco.

Próximas ao município de Casa Nova e à 96 km de Petrolina, elas erguiam-se imponentes numa vista espetacular do velho Chico, não muito distante de Sobradinho. Estávamos sozinhos naquele pedaço de praia encantador (que na verdade é uma propriedade privada). E ali terminamos nosso dia com um futebolzinho à beira-rio!

Petrolina com certeza foi um dos destinos mais marcantes até agora, vai deixar muita saudade e o gostinho de querer voltar um dia!

41 Comentários

  • Que lindo texto, realmente apesar da seca Petrolina se reergueu. Admiro o stylo de vida viajante. Sonho em ser assim. Um rio de felicidades pra vocês. Abraço!

  • Harisson Souza Says

    Nos chamou de pobre? Que absurdo. Fique sabendo que Juazeiro é uma cidade muito próspera de história. Algo a se descobrir além de alguns diazinhos na região.

    • 4x1
      4x1 Says

      Olá Harisson,
      pedimos desculpa se a expressão “primo pobre” tenha lhe soado ofensiva.
      Reconhecemos que possa ter sido uma infeliz expressão. Porém, no próprio contexto ao qual está inserida e pela forma como descrevemos Juazeiro, inocentemente, jamais pensaríamos que alguém pudesse encará-la de forma pejorativa.
      A intenção era somente traçar um comparativo financeiro entre as duas mais ricas cidades do sertão nordestino(dado que o PIB de Petrolina é 50% maior que o de Juazeiro) mesmo estando geograficamente tão próximas. (ou seja, ela seria mais pobre – financeiramente falando – que Petrolina). Por isso mesmo dissemos que apesar de ter um PIB menor, a cidade apresenta maior capricho e zelo, como pudemos notar em outras cidades baianas em nossa breve passagem pelo sertão. Que muito nos chamou a atenção.
      Abraços e desculpe-nos o inconveniente.

    • Junior Queiroz Says

      Mas é primo pobre sim, e os juazeirenses tem dor de cotovelo mesmo com os petrolinenses.
      #ProntoFalei

  • Bird Says

    Ah! Entrei no site porque vi belos pares de pernas no Google Imagens… quando abri e vi a narrativa de vocês, curti ainda mais.

  • Bird Says

    Parabéns pela aventura! Moro em Petrolina há quatro anos e já experimentei os mesmos percursos e delícias por que vocês passaram. Vale mesmo a pena! Abraço e voltem sempre.

    • 4x1
      4x1 Says

      Olá! Que legal que você conhece esses lugares por onde passamos! Petrolina é realmente incrível!! Grande abraço e obrigado pelo comentário!

  • jhon oliveira Says

    nossa cara foi legal de mais esse paseio e o meu sonho tbm.

  • Juliane (Pousada Rio Belo) Says

    Lindas palavras sobre o nossa cidade :) Sucesso galera!!
    Voltem sempre que possível o///

  • Heloisa Sampaio Says

    Adorei acompanhar um pouco dessa aventura.É realmente incrível pensar como vocês estão realizando um sonho que deve ser de muita gente. Vocês vão ter a experiência que, muitas vezes, as pessoas levam anos para adquirir. Parabéns!! e muita curiosidade para daqui para frente.

    Heloisa

    • 4x1
      4x1 Says

      Muito obrigado, Heloisa! Para gente é muita felicidade ver este sonho se tornar realidade! A empolgação pelo que temos pela frente ainda é grande!

      Forte abraço

  • Natalia Lopes Says

    Olá Meninos!!
    Muito emocionante ler o relato de vocês, que experiência incrivel!!
    Continuem aproveitando por ai e nos atualizando das aventuras!!
    Um beijão,
    Nati

    • 4x1
      4x1 Says

      Valeu, Nati!!! A aventura está melhor que a encomenda!!hehe Pode deixar que vamos compartilhar um pouqinho disso tudo sim!! Beijo grande!!

  • Mara Says

    Fantásticos, vídeo, reportagem e vocês. É uma delícia ler os relatos da Expedição. Viajo junto! E que material rico vocês já tem até o momento. Um verdadeiro documentário geo-social-econômico. Sem falar no espírito de união e bom-humor que se percebe nas fotos e vídeos. Deus continue abençoando vocês. Beijos. Tia Mara.

  • TIA GEYZA Says

    ESTAMOS ADORANDO VIAJAR COM VCS!
    CONTINUEM TENDO UMA ÓTIMA VIAGEM!!

  • Zani Says

    Maravilha de relato e fotos. Vamo que vamo.
    Boa viagem.

  • Caras, tá retardado de animal o site de vocês! Cada dia que passa mais orgulho e histórias muito bacanas!!
    abração e boa viagem!

  • Tide Says

    Aeh! galera 4×1… Valeu a história contada. É um retrato fiel do povo pernambucano. Até parece que algum de vocês já morou aqui…rsrsrsrsrsrs. A boa comida típica, a criatividade e o artesanato. Isto é PE, um povo acolhedor, conversador, contador de história e acima de tudo cativante. Pretendo em breve conhecer Petrolina uma cidade que cresce e se destaca no meio do árido sertão do Brasil. O vídeo ficou muito bem trabalhado. Continuamos viajando junto com vocês e sempre aguardando os novos relatos com muita ansiedade. Do amigo Tide. Forte abraço e fiquem com Deus.

    • 4x1
      4x1 Says

      Valeu, Tide! Pernambuco nos acolheu mais que bem e levamos uma lembrança muito carinhosa de lá! Petrolina realmente vale a pena! Vamo que vamo que ainda tem muito a se explorar! Grande abraço!

  • Aline Says

    No Maranhão não deixem de provar o refrigerante “Jesus” é da coca-cola.

    Aproveitem!

  • adonai Says

    parabens… e quando eu for a petrolina, vou experimentar essas iguarias….

  • Grace Says

    Bacana! Me trouxe boas memórias . . . e o famosos bodódromo também! = ) E a cena do futebolzinho na praia ficou show! Que bom que estão curtindo bastante.

  • Gisèlle Paulucci a. Maranhão Says

    Parabéns á todos da Expedição 4×1 Retratos das Americas. FANTÁSTICO os relatos e videos que estão sendo postado.
    Permitindo-nos viajar em uma “Emoção em 3 D”.
    Continuem sempre com essa garra!
    Sucesso e Sorte!
    Gisèlle e Luiz.

  • Boa galera, tesão o video!!!!!! Animal o Post…

    Em relação ao futebolzinho: Liborio, vamos trabalhar esse dominio ae???? Essa canelada é SACANAGEM fera!!! ahahahaha

    abs

    • 4x1
      4x1 Says

      Essa parte não era para sair no vídeo! Mas acontece! hahahahaha

      Valeu, Andre! Vamo que vamo! e vai Verdão!

      Abraços

  • Marina Mascarenhas Says

    Vocês estão passando muito bem heeein!! Cada restaurante, cada prato lindo… Fala sério!!! Muito bom meninos… mais um relatório de viagem fantástico… Beijãozão!

  • De fato, rica e próspera Petrolina dá uma lição de coragem e determinação rumo ao progresso tirando da própria terra seu principal meio de vida. Não fosse a máfia das drogas que circunda a região, dificultando o acesso por terra, com certeza Petrolina seria hoje um dos pontos de maior frequência turística do Nordeste.

    • 4x1
      4x1 Says

      A cidade realmente impressiona! Aparentemente a questão das drogas na região tem melhorado nos últimos anos, mas ainda assim é um problema. Esperamos que esse mal se vá de vez quanto antes!

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