Ficha 4×1
Data: 04/12/2012 à 05/12/2012
Saímos de: La Paz, Baja Califórnia – México
Distância total: 480 km
Onde dormimos: Noite ‘confortável’ nas poltronas do ferry. Dormir um diazinho sentado não faz mal a ninguém.
Pneu Cheio: Ganhamos tempo para seguir viagem. O ferry encaixou perfeitamente no roteiro que pretendíamos fazer.
Destino final: Mazatlán, Mazatlán – México
Tempo de viagem: Cerca de 17 horas
O que comemos de bom: Nada especial. A comida do navio não era ruim, mas coincidência ou não, todo mundo passou um pouco mal quando chegamos à Mazatlan.
Pneu murcho: Haja paciência. Tem que variar nas atividades para não se entediar em 17 horas de viagem.
Trajeto: Carretera Escencia (vulgo, Mar de Cortez)
Da Baja para o Continente – Cruzando o Mar de Cortez de ferry
Depois de cruzar a baja Califórnia de cabo a rabo, tínhamos duas opções para seguir viagem: uma era voltar todos os 1700 km de extensão da península e passar à parte continental por terra; e a outra era tomar um ferry a partir de La Paz. Não pensamos duas vezes, vamos de ferry!
Seria a quarta vez na viagem que a Tanajura faria uma viagem de barco (isso sem contar a jangada e a balsa que ela pegou em Jericoacoara). No entanto, dessa vez não seriam 20 dias como na exportação para os EUA, 7 dias como no trajeto Belém-Manaus, ou mesmo 2 dias na travessia do Inside Passage no Alasca, mas apenas 17 horas de viagem. Este era o tempo necessário para cruzarmos o Mar de Cortez em um navio (
ou ferry) de La Paz à cidade de Mazatlán.
A Baja Ferries (link) é a única empresa que transporta tanto carga como passageiros. O custo para a viagem é de $2300 pesos mexicanos (cerca de R$360) para o carro, que acabou se enquadrando como pick-up e inclui também a passagem do motorista. Cada passageiro adicional custa $1075 pesos mexicanos (ou aproximadamente R$170). Este valor inclui um assento no Salón, onde há uma poltrona reclinável e televisões onde se passam filmes o tempo inteiro. Há a possibilidade de alugar as Cabinas, que sairia praticamente o dobro do preçe. Como a viagem era relativamente curta, decidimos ir de poltrona mesmo. Também inclui uma janta e um café-da-manhã. Há uma taxa aduaneira de $150 pesos mexicanos (+/- R$25) paga no porto para inspeção do carro.
Uma van leva os passageiros até o barco. Este em si não era nada mal. Não era tão simples como o de Belém-Manaus, nem tão bem arrumado como o que tomamos no Alasca, era como um meio termo. As poltronas não eram super confortáveis, mas davam pro gasto. A comida era simples, mas era bem servida. O fato de haver um filme atrás do outro no Salón ajudava a passar o tempo. Os banheiros eram relativamente limpos e não eram compartidos. O refeitório fica cheio na hora das refeições então o negócio chegar quando começam a servir ou mais para o final, mas aí corre o risco de perder alguma das comidas. O refeitório também vende cerveja e passa os filmes em um volume mais alto. O pessoal que queria bater papo preferia ficar por ali mesmo. Mas a maioria preferia dormir boa parte do caminho.
Chegamos às 14 horas no terminal, localizado na praia de Pichilingue, 23 km ao norte de La Paz. Recomenda-se chegar 3 horas antes da partida do navio para haver tempo hábil para a inspeção. O nosso barco estava marcado para as 17 horas e saiu com poucos minutos de atraso. Uma van leva os passageiros para o barco depois de passar pelo controle policial. Os motoristas entram com o próprio veículo depois da inspeção.
No ferry, muitos locais e alguns turistas. Havia grupos de canadenses, italianos, americanos, argentinos. A maioria deles viajando pelo México e se dirigindo em direção às cidades maias para o fim do mundo no dia 21 de dezembro.
Depois de vários filmes, muita conversa e várias sonecas, o barco desembarcou em Mazatlán. Viagem demorada, mas tranquila. Estávamos prontos para seguir viagem México adentro.