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Spot

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Chapada Diamantina (BA) – Pai Inácio Dá Boas Vindas

Ficha 4×1

Data: 10/06/2012 à 18/06/2012

Saímos de: Bom Jesus da Lapa-BA

Destino: Lençóis-BA, na Chapada Diamantina

Distância: 395 km

Tempo de viagem: 7 horas (incluindo paradas para almoço,troca de óleo, banheiro e fotos)

Trajeto: Saímos de Bom Jesus da Lapa-BA pela BA-160 rumo à cidade de Ibotirama-BA. Este trajeto apresenta diversos trechos de estrada em estágio precário. Após Ibotirama-BA, pegamos a BR-242 sentido Salvador-BA, que leva até a estrada que dá acesso à cidade de Lençóis-BA.

Onde dormimos: Alcino Estalagem em Lençóis-BA e na casa dos nativos no Vale do Pati

O que comemos de diferente: Café-da-manhã da Alcino Estalagem, um evento à parte (mais infos abaixo).

Pneu cheio: Vale do Pati. O Vale é tão impressionante que o próximo relato é só sobre ele.

Pneu murcho: Exploração comercial das belezas naturais. Muitas das atrações do Parque Nacional da Chapada Diamantina estão localizadas em propriedades particulares e são cobradas taxas de entrada.

Chapada Diamantina (BA) – Pai Inácio Dá Boas Vindas

Algumas horas de estrada após sairmos de Bom Jesus da Lapa e finalmente a avistamos. De longe, as imponentes formações rochosas cresciam na paisagem como um gigante que despertava à medida que nos aproximávamos. A Chapada Diamantina brilha os olhos à primeira vista e encanta ainda mais de perto. Com 110 km de extensão (norte-sul) e inúmeros atrativos, o Parque Nacional, que abriga esta beleza natural, é um dos maiores e mais diversificados do Brasil.

Recomendações de amigos nos levaram à simpática Lençóis-BA, cidade central na Chapada, onde há ótima infraestrutura para receber turistas. Lençóis oferece vasta oferta de campings, pousadas, restaurantes e agências de turismo, além de possuir localização privilegiada em relação às atrações do Parque. Era um lugar bem gostoso para relaxar entre uma trilha e outra.

Como de praxe, chegamos em busca de um local para passar a noite com a Tanajura. Ativamos o modo negociador e rodamos a cidade. Foi quando conhecemos Caio, filho de Alcino da Estalagem, uma tradicional pousada na entrada de Lençóis. Ele nos recebeu muito bem e aceitou que dormíssemos no seu estacionamento e ainda utilizássemos a infraestrutura da pousada. Perfeito! A Estalagem era extremamente aconchegante, repleta de ornamentos de cerâmica feitos pelos próprios donos.

 

E tinha tudo que precisávamos: banheiros limpos, internet e máquina de lavar roupa. Isso sem contar o café-da-manhã! Ah, o café-da-manhã! Sem dúvida, um evento à parte. Poderíamos passar horas ali (e passamos), diante da grande variedade de opções, servidas atenciosamente a todo momento na mesa.

Em meio à infinidade de atrativos da Chapada, decidimos procurar ajuda especializada para otimizar nossos dias na região. Por indicação do Caio, fomos direto à Fora da Trilha, agência localizada na Rua da Pedras e que oferece todo tipo de roteiro turístico na Chapada. Sábia decisão! Lá conhecemos Luhan e Aline, que foram extremamente simpáticas e solícitas conosco, mesmo com as inúmeras perguntas que não parávamos de fazer. Elas nos deram diversas opções de passeio, que fomos ajustando de acordo com o que achamos de mais interessante para fazer. No fim das contas, saímos de lá com uma programação de uma semana na Chapada Diamantina, ainda que a vontade fosse de ficar pelo menos o mês inteiro.

Primeiro dia de passeio, decidimos fazer o roteiro das grutas. Após o café-da-manhã, encontramos nosso guia, Harebol, na pousada. O cara era uma figura! Daquelas pessoas que temos sorte de conhecer na vida, com muita história para contar. Falaremos mais dele para frente. Seguimos em direção ao Mucugezinho, onde está o Poço do Diabo. O nome vem da época em que escravos doentes ou inválidos eram ali arremessados. As quedas d’água formam a cabeça, a língua e a garganta do diabo. Apesar de tudo, o Poço é um bom lugar para um banho de cachoeira.

O próximo destino do roteiro era Torrinhas, o paraíso do espeleólogos. A gruta abriga inúmeras estalactites e estalagmites, além de cristais. Fizemos o roteiro mais simples que custa R$15 e proporciona cerca de uma hora de caminhada pela caverna com lanternas em mãos para se contemplar as principais formações da caverna. Muito interessante para nós, já que nunca havíamos entrado assim em uma caverna!

Seguimos em direção à Pratinha, onde contemplamos a beleza da Gruta Azul (que lugar incrível) e relaxamos em um banho de lagoa. Lá também se paga R$15 para acesso às atrações.

Aliás, tudo se paga na Chapada. Para fechar o dia com chave de ouro, pôr-do-sol sob a vista do Pai Inácio! Indescritível! Sem dúvida, o ponto alto do passeio! Foto mental guardada para o resto da vida!

O primeiro dia aumentou significativamente a expectativa para os próximos dias na Chapada. Principalmente porque no dia seguinte, iríamos fazer a trilha do Vale do Pati, considerada a terceira melhor do mundo, apenas atrás do Caminho de Santiago e da Trilha Inca em Machu Pichu. São aproximadamente 60 km de caminhada em 4 dias de Vale. A experiência no Pati é tão rica que merece um post em separado, por isso não entraremos em grandes detalhes agora.

Voltando do Pati, exaustos fisicamente, tiramos dois dias mais relax na Chapada. Em um deles, curtimos mais Lençóis. Relaxamos na pousada, caminhamos pela cidade e paramos para comer uma pizza no fim do dia na Pizza da Gente. Ouvimos dizer que era a melhor pizza da região, mas que o italiano que as preparava era um tanto quanto maluco. E descobrimos o porquê! A princípio, a pizza era realmente uma delícia, o atendimento bastante simpático, tudo estava nos conformes. Estava! Não sabemos nem como nem o porquê, mas o italiano começou a berrar com a mulher de um jeito que ficamos até constrangidos na hora. Fomos então gentilmente informados de que ele não iria fazer mais a nossa terceira pizza, pois estava “de boa” e já era tarde! Demos risada.

O que passou foi exatamente como nos descreveram, parecia parte do show. Foi um dia divertido.

No dia seguinte, rodamos alguns km para conhecer o Poço Azul. Uma versão ampliada da Gruta Azul, em que era permitido o banho. Os raios de sol que entravam pelas frestas da gruta iluminavam a água que brilhava em um azul bastante vivo. É difícil de descrever a beleza do lugar. Havia também o Poço Encantado, que é maior ainda, mas preferimos deixar para uma próxima oportunidade.

A Chapada Diamantina foi o lugar em que passamos mais tempo, foi nosso lar por alguns dias. Chegou a ser difícil de nos despedirmos, mas a expedição tem que seguir. Dia novo, casa nova! E bora embora!

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