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Cartagena de Indias – Viagem ao Túnel do Tempo

Ficha 4×1

Data: 09/08/2012 a 18/08/2012

Saímos de: Santa Marta – Colômbia

Destino: Cartagena de Indias – Colômbia

Distância: 254km

Tempo de viagem: 4h

Trajeto: Saímos do Parque Nacional de Tayrona em direção à Cartagena, passando por Santa Marta e Barranquilla.

Onde dormimos: Hotel Marlin, localizado na movimentada Calle de la Media Luna, coração do bairro histórico de Getsemani, onde se hospedam a maioria dos mochileiros que buscam uma boa relação custo-benefício.

O que comemos de diferente: PF ao estilo colombiano com sopa de entrada. Não que o prato seja diferente, mas o fato de em todos os lugares encontrarmos essa combinação de uma saborosa sopa de frango, com limão expremido, junto ao PF, nos fez elegê-la como a principal cara da nossa estadia em Cartagena.

Pneu cheio: A simpatia do povo Colombiano e a beleza da cidade antiga, ou cidade murada. Andando pelas ruas da cidade murada podemos nos sentir em outra época, com as casas todas restauradas e conservadas. Isso junto à simpatia e receptividade dos colombianos são os pontos altos da nossa estadia em Cartagena.

Pneu murcho:  Correria e tempo fechado no passeio à Playa Blanca. A Playa Blanca em si é sensacional, mas o passeio de um dia que fizemos não vale a pena pelo tempo que se leva no transporte de Cartagena à praia (cerca de 5 horas). Além disso, tivemos a “sorte” de fecharmos o passeio em um dia de chuva e tempo fechado. Se formos para lá ém uma próxima oportunidade o faremos com mais dias para aproveitar melhor o passeio.

Cartagena de Indias – Viagem ao Túnel do Tempo

Saímos do Parque Nacional de Tayrona, próximo a Santa Marta, na manhã do dia 9 de agosto em direção a Cartagena, passando por Barranquilla. Barranquilla é a cidade da Shakira, mas não a achamos por lá em nossa breve passagem. Até perguntamos a algumas pessoas nas ruas onde estava a cantora, mas parece que não gostam muito dela por lá! Ou não gostam da gente, viravam a cara todas as vezes.

Chegamos em Cartagena no início da noite e fomos direto ao bairro de Getsemani, onde está localizada a maior parte das hospedagens mais baratas (incluindo os albergues para jovens turistas) para procurar algo com bom custo-benefício. Afinal, seria de Cartagena que embarcaríamos a Tanajura e por isso não contaríamos com nossas barracas automotivas para dormir. A cidade estava cheia, mas conseguimos achar uma vaga de última hora em um hotel na Rua Media Luna. Exaustos depois de um dia inteiro viajando (e da noite anterior mal dormida), comemos algo rápido e já fomos dormir.

No dia seguinte (sexta-feira, 10 de agosto), tivemos que nos dividir para conseguir fazer tudo o que queríamos: dois de nós foram ver a papelada que seria necessária para o processo de envio da Tana, enquanto os outros três foram procurar por um novo hotel, dado que o primeiro não teria mais vaga para os outros dias que ficamos em Cartagena. Surpreendentemente, o processo no porto correu extremamente bem, sem atrasos ou perdas de tempo com burocracias desnecessárias, ao contrário do que esperávamos baseado nos relatos de outros viajantes. Com isso, acabamos o dia razoavelmente cedo e já fomos para o hotel em que passamos o resto dos dias em Cartagena: o Hotel Marlin, cujo dono nos recebeu pessoalmente e ficou bem empolgado com nosso projeto. O hotel ficava na mesma rua do outro em que estávamos, assim continuamos próximos ao centro antigo da cidade, que fica cercado por uma grande muralha.

Como ficamos 9 dias em Cartagena, dividimos o tempo lá entre conhecer a região e trabalhar em assuntos pendentes que tínhamos, como planejar detalhes da rota até o Alaska, escrever, atualizar o site e coisas do gênero. E também descansar um pouco. Vínhamos numa rotina de corrida até chegar a Cartagena, pois tínhamos uma data limite para estar na cidade, devido ao envio do carro!

Bom, falando do envio da Tana, foi tudo tranquilo, como tínhamos visto no primeiro dia em que fomos ao porto já. Demos um belo banho nela, agendamos a vistoria de narcóticos no porto e nos despedimos, com o coração apertado, da nossa companheira. No horário combinado a entregamos à companhia que realizaria o transporte: agora, só a veremos de novo em Seattle – EUA !

Sem a Tana para nos levar de um canto ao outro, estarmos localizados próximo às atrações da cidade foi crucial. Para completar, achamos um pequeno e simpático restaurante familiar próximo ao hotel chamado Aquí es el punto, que servia pratos-feitos, com direito a uma sopa de entrada e bebida, por algo equivalente a 7 reais. Ótimo custo-benefício! Almoçamos lá quase todos os dias em que estivemos em Cartagena.

Outro restaurante que frequentamos bastante foi a pizzaria do Ciudad Movil, um centro cultural que oferece oficinas de fotografia, malabares e afins, e que de noite funciona uma pizzaria. A pizza era incrivelmente boa!

Como estávamos próximos à cidade murada, ou centro antigo, de Cartagena, também andamos por lá quase todos os dias, apreciando a bela arquitetura local, restaurada, e a vista do mar de cima da muralha. Uma pena que o cuidado que se teve em recuperar e manter esse centro histórico de Cartagena não seja visto em muitos lugares do lado de fora da muralha. Andando poucos quarteirões para fora podem-se ver casas muito parecidas às encontadas dentro da muralha, mas muito pouco conservadas.

Enquanto caminhávamos pela cidade antiga nos sentíamos como se estivéssemos em outra época, pela riqueza de detalhes nas estruturas e pela perfeição na manutenção dos edifícios. Junto a isso, o povo alegre nas ruas e a abundância de cores nas roupas e objetos transformam uma simples caminhada pelo local em uma incrível viagem no tempo.

O Museu do Ouro, em Cartagena, fica localizado dentro da cidade murada e é bastante interessante. Não é muito grande mas é bastante rico em cultura com informações valiosas. A estrutura e a didática impressionam.

Procuramos bastante pelo famoso café colombiano, mas não foi tão fácil encontrá-lo. Em muitos lugares achamos café, mas um café normal, até meio aguado. Conseguimos finalmente achar algo que podemos chamar de café de verdade no Juan Valdez, apesar de não ser muito indicado para uma verdadeira experiência por ser tipo um Starbucks colombiano. De qualquer forma, era melhor que as outras amostras que tivemos: um café encorpado, expresso, bastante saboroso!

Decidimos tirar um dos dias que tínhamos em Cartagena para ir à Playa Blanca, num passeio de um dia indo e voltando de barco. A praia é incrível, a água azul clara com a areia bem branca, mesmo num dia nublado, faz o cenário parecer coisa de filme. Entretanto, infelizmente essa foi uma das maiores furadas da nossa estadia em Cartagena. O barco saiu, atrasado, às 8h40min, numa viagem de 5 horas até a Playa Blanca, com 45min de parada em um caro aquário em uma ilha no caminho, que resolvemos não entrar e esperamos à beira da praia. Várias pessoas que entraram saíram dizendo que não valia o preço que cobravam. Chegamos à Playa Blanca pouco antes das duas horas da tarde e fomos direto ao almoço, que estava incluso no pacote. Comemos rápido e fomos aproveitar ao máximo a praia. Eram duas horas da tarde e nesse momento fomos informados de que deveríamos voltar ao barco às 15h30min, para partir às 16h. Seriam apenas 1h30min de praia! Isso mesmo, levamos 5 horas de barco para aproveitar menos de 2 horas de praia! Pontualmente, com todos já no barco, partimos às 16h para chegar em Cartagena às 18h. Conclusão: para se chegar ao aquário, que paramos na ida, fizemos um desvio de 1h para ir e mais 1h para voltar à rota. Uma beleza! E o pior é que o passeio é vendido como se fosse um dia de Playa Blanca, com uma “pequena” parada no aquário. Furada total. O ideal seria termos fechado um pacote de mais de um dia na Playa Blanca, pois se pode dormir lá. Aí mesmo levando todo esse tempo de trajeto teria valido mais a pena. Bom, como tudo vale a pena se a alma não é pequena, ficamos com o aprendizado e com a bela paisagem da praia na memória.

De Cartagena pegamos o vôo para Los Angeles, com paradas em Bogotá e Miami. Apesar de termos ficado bastante tempo em Cartagena e um pouco em Santa Marta, ainda existem muitas coisas e lugares que não pudermos conhecer na Colômbia.

Não sabemos ainda se poderemos passar por aqui na volta, mas com certeza o povo hospitaleiro desse país será lembrado com intensidade nos nossos Retratos das Américas.

Para mais fotos de Cartagena, acesse nosso Flickr aqui!

8 Comentários

  • Gisèlle Paulucci A. Maranhão Says

    Que pena que o maravilhoso café colombiano não é tão fácil de ser encontrado…produto nacional que tem que ser apreciado em terrenos estrangeiros…!
    Já vimos esse filme antes!
    Que Pena!

  • GEYZA Says

    MUITO BEM RAPAZES,
    O VISUAL JÁ MUDOU BASTANTE NÃO!?
    CONTINUEM COM SUERTE!

    • 4x1
      4x1 Says

      Oi Geyza!
      Verdade, cada lugar uma paisagem única, e assim segue a Expedição 4×1, sempre em busca de novos visuais e de experiências interessantes!! Alías, fica aqui registrado o nosso parabéns atrasado! Que você tenha muita saúde, alegrias e que esse novo ano seja repleto de coisas boas! Forte abraço de todos nós aqui da expedição!

  • Luiz Norato Says

    Fica para trás mais uma etapa e com muito exito e louvor. De um balanço geral até aqui, contabilizo, se me permitem a análise, cem por cento de beleza com um superavit de aventura e um saldo positivo de alegria e conhecimento.
    Mais uma vez grato por nos deixarem irmos juntos neste doce sonho!
    Gracias!!!

    • 4x1
      4x1 Says

      Oi Luiz, gostamos muito da sua análise! É bem por aí mesmo, o saldo é muito positivo!!! É bom saber que conseguimos transmitir esse sentimento bom para vocês também! Um abraço e até a próxima

  • Muito interessante. A cidade lembra o Brasil na época colonial. Adoro lugares assim. Parece que você está sendo remetido ao passado de fato.
    Quanto ao comentários da Shakira, realmente os colombianos não gostam dela mesmo. Tenho dois conhecidos colombianos que relatam a mesma coisa. Abraços!

    • 4x1
      4x1 Says

      Oi Rogério! E o interessante de Cartagena é que a cidade histórica está muito bem preservada e bem cuidada! Vale a pena uma visita, viu? Abração

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