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Acompanhe aqui os relatos, dicas, fotos e vídeos da Expedição 4x1 Retratos das Américas!



Spot

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Parque Nacional Bryce Canyon – Inspirador

Ficha 4×1

Data: 30/10/2012 à 31/10/2012

Saímos de: Salt Lake City, UT – EUA

Distância total: 430 km

Onde dormimos: Dormimos em Panguitch, cidade a 40km da entrada do parquet num hotel simples avenida principal da cidade, que na verdade é a rodovia. Ou seja, num hotel simples de beira de estrada.

Pneu Cheio: A trilha combinada de 3 milhas que mescla a Queens Garden + Navajo Loop Trail. Um percurso considerado moderado, com belíssimas vistas a todo momento, o que exigiu paradas constantes para fotografia.

Destino final: Parque Nacional do Bryce, UT– EUA

Tempo de viagem: 4,5 horas aprox.

O que comemos de bom: Como ficamos apenas um dia, o mais diferente que comemos foi o sanduíche de atum e frango que levamos para trilha ao invés do tradiocinal pão de forma com queijo e presunto.

Pneu murcho: A expulsão logo cedo do hotel, em Panguitch. Chegamos tarde no dia 30, cansados, e era a última noite de funcionamento do hotel antes de ser fechado para inverno. Nos pediram para deixar o quarto às 9:00 da manhã. Em 5 pessoas, e com 1 banheiro, foi tudo bem corrido.

Trajeto:Tomamos as I-15 S.

Depois da calorosa recepção que tivemos na metropolitana Salt Lake city, era hora de partir para a “vida selvagem” novamente. Saímos no dia 30 de outubro de Salt Lake City por volta das 20:00 horas rumo ao Bryce Canyon, um parque nacional, ainda no estado de Utah. Era quase 1 hora manhã quando o termômetro marcava +3o C ao chegarmos no hotel que havíamos reservado em Panguitch, cidade que oferece alguma infra estrutura e fica a 40 km da entrada do parque. Divididos em 2 camas de casal e 1 um no chão, dormimos como uma pedra até sermos acordado as 8:30 da manhã pela proprietária do hotel, pois chegamos na última noite de funcionamento antes do hotel ser fechado para o inverno, logo no dia do Halloween.  Apesar do frio que fez durante a noite, o termômetro bateu -2o C, o ceú amanheceu claro, sem nuvens e sol tratou de nos fazer colocar os casacos de volta na Tanajura. Por sinal, era o parque dos Estados Unidos mais movimentado que havíamos visitado até aquele momento, em função do clima ainda agradável, já que ficava mais ao sul.

O Parque nacional Bryce Canyon  é parte do Colorado plateau e é tradicionalmente conhecido pelas suas estruturas geológicas únicas, chamadas hodoos. Essas formações geológicas são resultado da erosão causada pelo vento, água e gelo, além da elevação do plateau (a altitude média do parque é  de 2.400m), o que fez com que a maioria dos lagos existentes desaparecessem. Dentre os povos mais antigos que habitaram a região, os que mais deixaram vestígios foram os Paiutes, nativo Americanos que exploravam a região em busca de alimento, não só caçando, mas também através de cultivo de verduras. Foram os Paiutes que criaram a lenda de que os hodoos eram pessoas lendárias que haviam sido transformadas em rochas. Mas foi a partir de 1.850 que começaram a chegar pesquisadores, mórmons em sua grande maioria, em busca de terreno nobre para agricultura e criação de animal. Um dos mórmons enviados era o escocês Ebenezer Bryce, que através de sua habilidade como carpinteiro seria importante para o desenvolvimento da região. E foi de fato o que ocorreu. Junto de sua família, estabeleceu-se à margem direita do anfiteatro, criando uma das fronteiras do parque. Ajudou a estabelecer comunidades, desenvolveu uma estrada para poder transportar lenha e madeira e um canal para irrigar sua plantação e dar de beber a seus animais. Com o tempo, outros colonos começaram a chamar aquela área de Canyon do Bryce, e daí se originou o nome do parque.

 

Hodoos vistos do Inspiration View

 

Vista de baixo de um hodoo

Chegar num parque nacional dos Estados Unidos é algo que sempre impressiona pela organização, limpeza e estrutura para receber os  visitantes. Depois de 10 minutos conversando com os rangers (guardas/guias do parque), tínhamos todas as infos que precisávamos para aproveitar o único dia que teríamos no parque.  Dentre os pontos que visitamos, o destaque  foi a trilha de 3 milhas (4,8 km) de duração, que tinha uma dificulade moderada e mesclava a Queens garden trail e a Navajo Loop trail. A passagem mais “pesada”, era uma íngrime e sinuosa ladeira, com curvas formando uma espécie de zig-zag enquanto caminhávamos. Em função da quantidade de paisagens incríveis, as paradas para fotografia eram constantes, o nos fez levar algo em torno de 3 horas para cumprir o percurso. Era preciso tomar cuidado com o terreno seco e as pedrinhas no chão, que funcionam como uma casca de banana, prontas para te levar para o chão. Nos chamou a atenção o fato de no meio daquele “deserto”, ainda existir condição para que brotassem árvores, colorindo mais ainda a paisagem, que na maior parte do tempo era composta pelo ceú azulado, pelo verde das árvores e o vermelho dos canyons.

Árvore solitária no meio das rochas

 

Expedição 4×1 no Inspiration View

De acordo com as informções espalhadas ao longo do parque, existe uma explicação para a coloração das formações rochosas. Originalmente, a cor crua dos canyons  é branca, mas com as partículas de ferro depositadas no solo e que oxidaram com o tempo foram surgindo diferentes cores e tons como laranjas, amarelos, marrons, sendo o vermelho o que mais se destaca. Além disso, as frequentes e intensas mudanças de temperature e incidência de luz também afetam a coloração ao longo do tempo. Além disso, o parque também conta com várias grutas, que são resultado de uma concentração de água e neve qe penetram na camada mais profunda e areiosa e que, ao sofrerem pressão para serem eliminadas das rochas, acabam levando areia junto.

Rochas em equilíbrio instável

 

Canyons

 

Hodoos e árvores dividindo a paisagem

Já mais para o meio da tarde, retornamos para a Tanajura, fizemos um lanche rápido e seguimos para a scenic drive, a estrada de 18 milhas que corta o parque e leva até os principais mirantes. Como a estrada é de mão dupla e o parque fica a nossa esquerda, fomos até o ultimo mirante e fizemos todas as paradas no caminho de volta. Passamos por vários deles: Paria View, Rainbow and Yovimpa, Bryce Point, além do Inspiration View, o mais impresionante deles. Ficamos parados lá por quase 30 minutos admirando a paisagem, sentindo o vento soprando em nossos rostos, uma sensação de como se o tempo tivesse parado naquele momento.

André abraçando o vento

 

Ceú azul e as rochas alaranjadas

 

Fim da trilha

Depois desses momentos relaxantes, nos despedimos da scenic view e seguimos estrada ao nosso próximo destino. Uma passagem rápida e inspiradora pelos “canyons” avermelhados do Bryce.

Para acessar mais fotos, clique aqui !

6 Comentários

  • Gisèlle Says

    Meninos… concordo com as palavras do João Rogério, vcs estão excelentes na didática de geografia e história. É um prazer ler e aprender nas informações dos Posts. Parabéns e obrigada.

    Um Feliz Natal para TODOS! :)
    E um ANO de 2013 MARAVILHOSO!!!
    Saúde ! Prosperidade ! Sucesso !

    • 4x1
      4x1 Says

      Oi Giselle!!! Muito obrigado pelos elogios e, principalmente, pelos votos de feliz ano novo!! Desejamos a vocês muita paz e muita luz e que 2013 traga ainda mais conquistas e alegrias!! Beijos de todos nós!

  • Incrível, essa jornada de vocês está sendo na verdade uma rica aula de geografia e história para quem não teve oportunidade de viajar e desfrutar desse contato com a natureza. A natureza é bastante pródiga nessa questão de dar a cada região, uma identidade geológica única que influencia sobremaneira na população adaptando os moradores no sentido de tirar o máximo proveito em benefício da sobrevivência. Sem falar é claro, no colírio para os olhos a ponto de fazê-los parar literalmente no tempo para desfrutar da beleza do local. Parabéns galera!

    • 4x1
      4x1 Says

      Oi Rogério, a gente se esforça pra passar um pouquinho do muito que temos aprendido e vivenciado por aqui! Que bom que dá pra sentir isso lendo os posts!! Grande abraço!

  • GEYZA Says

    S-U-P-E-R!!!!!
    SUPERCALIFRAGIRIDEESPIRALIDOCI……

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