Ficha 4×1
Data: 21/10/2012 à 25/10/2012
Saímos de: Banff, Alberta – Canadá
Destino: Yellowstone National Park, Wyoming -EUA
Distância: 1,014 km
Tempo de viagem: Fizemos o trajeto em 3 dias, sem nenhuma pressa para evitar as nevascas no caminho.
Trajeto: Saímos de Banff pela I-15 em direção à Great Falls, já nos EUA, onde passamos a noite. No dia seguinte, seguimos a uma viagem curta até Bozeman, onde esperamos mais um dia antes de pegarmos a estrada novamente até West Yellowstone, junto à entrada oeste do parque.
Onde dormimos: Acomodação aconchegante no Yellowstone Lodge, em West Yellowstone. Este era o único hotel aberto na entrada oeste do parque nos dias em que estivemos por lá. A partir de meados de outubro, a maioria dos restaurantes e hotéis fecham para o inverno.
O que comemos de diferente: Carne de búfalo: forte e pesada. Todos os restaurantes da pequena vila de West Yellowstone, próxima à entrada oeste do parque servem esta iguaria das regiões geladas.
Pneu cheio: Explosão de Água Quente! A força dos geisers espalhados pelo parque são realmente impressionantes.
Pneu murcho: Tempo Frio + Águas Termais = Vapor D’Água = Visão Encoberta. Esta simples equação foi um dos motivos de termos ficado poucos dias no parque, já que o vapor d’água que subia constantemente encobria a vista das principais atrações do parque.
Yellowstone National Park – De frente com o supervulcão
Depois de montanhas e geleiras, não víamos a hora de encarar a potência de uma das maiores caldeiras do mundo. Um supervulcão ativo, que guarda uma explosão de belezas naturais aos que tem a oportunidade de conhecê-lo.
Ao noroeste do estado de Wyoming (com direito a territórios em Montana e Idaho) descansa o Yellowstone National Park, o maior, mais velho e mais popular parque nacional dos Estados Unidos. Seus quase 9.000 km2 de paisagens únicas reúnem mais da metade dos recursos geotermais do mundo, abastecidos pela atividade vulcânica ativa de um supervulcão em seu período de descanso. Lagos, cachoeiras, geisers e piscinas termais compõem o cenário do que os americanos clamam ser o primeiro parque nacional do mundo.
A entrada oeste costuma ser a mais popular das quatro que dão acesso ao parque por sua proximidade a algumas das principias atrações, assim como pela infraestrutura de pousadas e restaurantes na cidade vizinha de West Yellowstone. Foi exatamente ali que decidimos estabelecer nossa base para a visitação do Yellowstone.
Mas não foi diretamente para West Yellowstone que a Madalena (nosso GPS com sotaque de Portugal) nos levou ao sairmos de Banff. O caminho longo (cerca de 1.000 km) requeria uma parada no meio do caminho. Infelizmente, perdemos o timing para visitar o Glacier National Park em Montana, já que a neve fechou várias estradas dentro do parque. Então seguimos para passar a noite na cidade de Great Falls, Montana. Uma grande tempestade de neve prevista para o trecho que pretendíamos fazer nos fez optar por fazer mais uma parada no caminho, na cidade de Bozeman, antes de finalmente seguirmos em direção ao parque.
West Yellowstone parecia uma cidade fantasma quando chegamos por lá. A neve cobria todos os cantos e não se via uma alma viva pela cidade. Apenas um dos lodges da cidade ainda estava aberto pela sua última semana, o Yellowstone Lodge. O inverno é frio e castiga a região nesse período com neve intensa. Enfim, pelo menos o parque seguia aberto e estávamos felizes com a chance de conhecê-lo.
Um passeio de carro pelas estradas que cortam o parque proporcionam uma série de belas vistas. Bisões, alces e renas dão as caras com frequência, enquanto piscinas termais se espalham ao redor dos rios que correm a água fria do derretimento do gelo das montanhas. As águas dentro de uma piscina termal são incrivelmente quentes em meio ao gelo da paisagem e podem ultrapassar os 100ºC.
Nosso primeiro dia no parque e decidimos fazer uma trilha no meio da neve antes de partir para as cabeças. Ela nos levaria à bela Fairy Falls, uma das diversas cachoeiras do Yellowstone.
No caminho, bisões se alimentavam da vegetação rala e mal se preocupavam com a nossa passagem. Não se pode dizer o mesmo de nós. No Visitor Center, vimos um vídeo de instruções que recomendavam distância de 24 metros dos animais, e ainda mostrava um outro vídeo em que um bisão literalmente atacava um turista! Era para assustar mesmo. No entanto, eles foram tranquilos e completamente indiferentes quanto a nossa passagem.
Não eram só bisões que estavam por ali. Diversas pegadas frescas indicavam que tínhamos um urso nas redondezas. Olhos abertos e spray de pimenta a postos, seguimos até a cachoeira sem maiores problemas, a não ser pelas botas cobertas de neve.
Depois da trilha, a ideia era passar pelos principais cartões-postais de Yellowstone. Primeiro, a famosa Grand Prismatic Spring. Como os americanos adoram colocar, é a maior piscina termal dos EUA, e a terceira maior do mundo. Há uma estrutura de madeira que circunda a piscina, e possibilita aos turistas chegarem bem perto dela.
A piscina oferece uma variedade intensa de cores, resultado dos pigmentos de microrganismos bacterianos que surpreendentemente sobrevivem às altas temperaturas. As fotos que costumamos ver nos cartões postais são tiradas de cima, a partir de uma trilha não-oficial da montanha que se encontra à frente dela. Infelizmente, nem a melhor posição de todas, melhoraria a vista no nosso caso. O frio trouxe consigo o vapor de água ao resfriar o calor das piscinas termais. Dessa maneira, não se via praticamente um palmo da piscina, nem mesmo de perto. Ainda tínhamos a esperança de vê-la em momento melhor do dia, mas não foi dessa vez.
Partimos então para os geisers, afinal a água lançada a 30 metros de altura não poderia sair de vista! O Old Faithful (“Velho Fiel”, literalmente traduzido) não nos deixaria na mão. Este é o primeiro gêiser a ter um nome no parque e faz ao juz a ele. É o mais previsível de todos eles, projetando de 15 a 30 mil litros de água quente a cada 91 minutos, durante cerca de 5 minutos.
Vimos também a erupção do Grand Geiser, o mais alto entre os geisers previsíveis do Yellowstone. Sua erupção dura de 9 a 12 minutos e acontece no intervalo de 8 a 12 horas. A água quente chega a atingir a incrível marca de 60 metros de altura. Um espetáculo natural, de beleza impressionante.
Segundo dia no parque, cruzamos o Yellowstone em direção ao norte, onde encontraríamos a Mamooth Hot Springs, um complexo de piscinas termais cercadas de belas paisagens. No próprio caminho, as montanhas proporcionam belas vistas.
Há uma trilha interessante que contorna as piscinas e dá descrições do processo de formação daquele complexo. A cor da água cristalina é de hipnotizar.
Saímos do parque em direção à Cooke City, onde passaríamos a noite antes de seguirmos viagem para Salt Lake City. Um simpático coiote acompanhou parte do nosso caminho, como um anfitrião acompanha um visitante à porta de saída.
Apesar da neve pesada e do vapor d’água que cobria boa parte do parque, o Yellowstone ainda deixou paisagens marcantes na nossa memória. Sem dúvida, está na lista de “lugares a voltar depois da Expedição”. Se coberto de neve o parque já impressiona, ficamos imaginando como seria com o tempo aberto. Esperamos ter essa oportunidade enquanto o supervulcão descansa, depois de milhões de anos sem grandes explosões.
Confira aqui mais fotos do Yellowstone!
4 Comentários
Hi Brazilian Boys,
We met at the tranquilo El Coyote beach in Bahía Concepción.
Great pictures of Yellowstone! We were there in summer, such a different place when there is snow.
Hope we’ll meet you again some day, some where….
Have fun and enjoy every second!
Sandra and Peter from Holanda
Hi Sandra! Hi Peter!!
Hope you guys are well!!
Thanks for the comments!!
Let us know about your plans! It was a pleasure meeting you once and we hope to meet you again on our way!
Take care!!!
Nossa que lindo deve ser esse parque. Sempre vejo nos filmes mas não tinha idéia dessa riquesa de geiseres, lagos cristalinos etc. Infelizmente tenho que dizer a vocês que vocês saíram para a expedição pelo menos 30 dias depois do que deveriam para conseguir apreciar melhor todas as paisagens. Pelos relatos percebo que muitos lugares não puderam ser visitados devido a chegada do inverno. Uma pena, muito embora tenho certeza que mesmo assim foi muito rica a jornada.
O Yellowstone e uma maravilha, mesmo no inverno! Gostamos muito de la! Infelizmente chegamos atrasados em alguns destinos, mas tem bastante lugar que demos sorte com o tempo tambem! Faz parte do show! hehe Grnde abraco