Ficha 4×1
Data: 17/01/2013 à 21/01/2013
Saímos de: Belmopan – Belize
Distância total: Aproximadamente 170 km de Belmopan, Belize, para Tikal, Guatemala, e 530km de Tikal para Ciudad de Guatemala.
Onde dormimos: Dentro do Parque Nacional Tikal, em Tikal, e nos Hostels La Española e La Coperacha, em Ciudad de Guatemala.
Pneu Cheio: A majestosidade das ruínas de Tikal, no meio da selva.
Trajeto: Saímos de Belmopan rumo a Guatemala passando por San Ignacio, ainda em Belize, e depois de cruzada a fronteira rumamos a Tikal. De Tikal a Ciudad de Guatemala fomos pela rota da estrada que contorna o Lago de Izabal.
Destino final: Primeiramente as ruínas de Tikal, no norte da Guatemala, depois a capital, Ciudad de Guatemala.
Tempo de viagem: Aproximadamente 5h até Tikal, incluindo o tempo que levamos para cruzar a fronteira. 10h de Tikal a Ciudad de Guatemala.
O que comemos de bom: O café da manhã do Hostel, com ovos, pão caseiro, café com leite e, pasmem, feijão! Tudo muito bem feito e saboroso.
Pneu murcho: O clima que a capital guatemalteca possui, com seguranças armados até os dentes na porta da maioria dos estabelecimentos.
Saímos de Belmopan, em Belize, rumo à Tikal, na Guatemala, no dia 17 de janeiro, quinta-feira. Infelizmente, chegamos ao Parque de Tikal no fim do dia e tínhamos apenas algumas horas para visitar as majestosas ruínas maias. No dia seguinte teríamos que sair cedo em direção a capital guatemalteca, uma viagem que duraria o dia todo, pois o Nandes (Leonardo) tinha um vôo marcado saindo de Ciudad de Guatemala para visitar sua mãe. Passando pela entrada do parque tivemos que pagar a salgada taxa de entrada para estrangeiros, de , que valia para dois dias de permanência no parque, mesmo nós só podendo passar parte de um lá. Estacionamos o carro e já corremos para a floresta, sob uma leve garoa, onde as trilhas (bem sinalizadas, por sinal) levavam às várias ruínas.
Já estava ficando escuro e precisávamos correr para ver o máximo possível. Andamos por 20 minutos entre as trilhas da selva quando, finalmente, chegamos ao primeiro centro de ruínas: a sensação, ao fim da tarde e já sem ninguém lá, foi de que nós tínhamos acabado de descobrir o centro arqueológico.
A selva intocada em volta das construções passa a impressão de que desde de seu abandono as ruínas estão alí, resistindo ao tempo. Subimos nos prédios mais altos para poder ter uma noção melhor da área e pudemos ver, acima da copa das árvores, as outras altas construções que surgiam em meio à vegetação. Além disso, era possível notar o vapor que subia da vegetação devido à alta umidade da região. Cinematográfico. Fomos pulando de centro em centro até o horário em que o parque fechou e tivemos que voltar pro carro, já de noite.
A cidade de Tikal é um dos centros maias mais importantes de sua civilização, com sua construção sendo começada algumas centenas de anos antes de Cristo e seu apogeu sendo atingido entre os anos 500 e 800 depois de Cristo. Nessa época centralizava boa parte da economia e política maia da região e também foram encontrados indícios de interação com outras importantes “metrópoles” da América de sua época, como Teotihuacan, no centro do que hoje é o México.
Queríamos acampar ali no estacionamento do parque mesmo, mas os guardas não deixaram. Então fomos atrás dos estacionamentos dos poucos hotéis que existem dentro da área do parque nacional e um deles liberou o espaço para dormirmos! Jantamos no restaurante desse hotel e fomos dormir pois no dia seguinte acordaríamos bem cedo para mais um dia inteiro de viagem. Apesar da região tropical, durante a noite até que fez um friozinho, chegando a 13 graus de temperatura!
No dia seguinte, como programado, passamos todo o tempo viajando em direção à capital e chegamos no começo da noite. Como o Nandes teria que pegar o vôo cedinho no outro dia, dormimos no hostel La Española, bem próximo ao aeroporto, que oferecia transfer na hora do seu vôo. Uma coisa boa da Guatemala é que a maioria dos hostels inclui no preço do alojamento um reforçado café-da-manhã, com até feijão! Bom, o Nandes saiu cedo para o aeroporto e nós fomos tomar o saboroso café-da-manhã. Durante o café conhecemos duas senhoras norte-americanas que haviam se conhecido há muito tempo em um voluntariado no Tibet e agora estavam se reencontrando para uma viagem na América Central!
O Gustavo há um tempo já não estava se sentindo muito bem, tossindo sempre e com febre. Com isso, logo após o café fomos levá-lo ao hospital para ver o que estava acontecendo. Fomos ao hospital , associado ao seguro de saúde que nós temos, era um dos melhores de Ciudad de Guatemala e logo já começaram alguns exames parar verificar o que ocorria. Após algum tempo veio o resultado: ele estava com pneumonia! Todos ficamos surpresos, inclusive ele, pois não estava se sentindo tão mal. A sugestão do médico era de ele voltar para casa e descansar, tomando o medicamento. Entretanto, depois de 7 meses na estrada a coisa mais próxima a uma casa que nós temos é a Tanajura! Por isso o médico resolveu interná-lo no hospital por 2 noites para ele ficar acomodado melhor e poder se recuperar mais rapidamente.
Claro que não desejamos isso a ninguém, mas não é exagero dizer que as instalações do hospital foram uma das melhores habitações por qual algum de nós passou na viagem: TV a cabo, internet, menu rico e variado nas refeições, vista para um bem cuidado jardim japonês, bebidas e comidas à vontade fora das refeições e quarto climatizado. Com o Gustavo já instalado e se recuperando, nós que sobramos (Bruno, André e Gabriel) fomos procurar um hostel mais próximo ao centro para ficarmos. Acabamos encontrando o hostel La Coperacha, depois de buscar na internet por referências. O animado Luciano (austríaco que gerencia o hostel) nos recebeu e já fechamos as próximas 3 noites que passaríamos na capital guatemalteca lá. O ambiente era agradável, limpo e, mais uma vez, possuía um café-da-manhã delicioso.
No mesmo hostel estava hospedado o casal Ricardo e Renilza, que também eram viajantes de longo prazo assim como nós, mas no caso deles a viagem era pelo mundo inteiro! Eles já voltaram ao Brasil agora, mas seu blog (blog Mundo a Dentro) ainda está no ar com as experiências que tiveram. Passamos o resto da noite conversando com eles, trocando experiências e estórias engraçadas, até a hora de dormir.
Na manhã do dia seguinte, voltamos ao hospital para ver como estava o Gustavo, que já estava se sentindo bem mas deveria ficar mais um dia internado para se recuperar melhor. Saímos do hospital e fomos dar uma volta pelo centro da cidade. Tudo sem correria, pois íamos esperar o Nandes voltar alguns dias depois também em Ciudad de Guatemala. Com isso, acabamos usando o tempo para relaxar e descansar um pouco também, diferentemente da correria habitual que temos quase que diariamente na Expedição. Por sorte a estrutura do nosso hostel ajudava bastante, tinha até uma sala com instrumentos musicais!
Depois de 2 noites internado, o Gustavo foi liberado pelo médico e já estava se sentindo bem melhor, só precisava continuar tomando os medicamentos receitados. Ainda faltava um dia para o Nandes voltar, então fomos até a cidade vizinha de Antigua, antiga capital da Guatemala, mas isso já é história pra outro post ;).
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9 Comentários
Qual o valor salgado pra entrar?
Oi Luana. Custou $21 dólares americanos a entrada, bem carinho!
Qual era o valor pra entrar no parque?
NÃO CONSEGUI OBTER A RESPOSTA P/ ONDE VOOU E PORQUE ,O NANTES DA GUATEMALA ?
BY THE WAY; O JOÃO ROGÉRIO CASTELUCCI MERECE UM PRÊMIO POR SER O LEITOR/COMENTERISTA MAIS ASSÍDUO, CONGRATULATIONS SIR!
ABRAÇOS À TODOS!
Oi Geyza! Respondendo a sua pergunta, o Nandes voou da Guatemala para Nova York, para passar uns dias com a irmã dele que mora lá e a mãe, que a estava visitando! Sobre o prêmio do João Rogério, precisamos providenciar mesmo! Mas você também merece um, sem sombra de dúvida. Além da presença constante, merece um também pelos comentários mais expressivos, divertidos e espontâneos!!!!! Abração
Fico impressionado com a fartura dessas ruínas Maias existentes em Honduras, El Salvador, México e Guatemala. Deixaram um patrimônio histórico riquíssimo em arte, escrita, língua e construções desde muito tempo e sua influência continua até hoje muito forte! Imagino o fascínio que exerciam no auge da sua civilização. Fico maravilhado a cada relato desses. Fantástico galera! Espero que o Nando tenha se recuperado bem e que vocês continuem a jornada vendendo saúde!
Oi Rogério! Realmente, esse legado Maia impressiona! Uma pena os espanhóis não terem tido sensibilidade pra entender a riqueza que essas civilizações haviam deixado por toda a América! Mas, de qualquer forma, mesmo eles querendo destruir tudo, ainda sobrou muita coisa! E Tikal é algo muito impressionante! Abração
Show! Amei Tikal quando passamos por ai! Continuo acompanhando e estamos aguardando saber a data de chegada! Continuem aprovietando! Beijos! = )
Oi Grace!! Tikal foi incrível! É muito gostoso lembrar de tudo isso…
Agora que já estamos de volta em SP precisamos ir visitar e prestigiar a exposição de vocês, pra retribuir um pouquinho todo o apoio que vocês sempre nos deram!
Um beijo de todos!