Ficha 4×1
Data: 12/12/2012 à 13/12/2012
Saímos de: Guanajuato – México
Distância total: 275 km
Onde dormimos: Teotihuacan Trailer Park, uma ótima opção para acampar.
Pneu Cheio: A imponência das pirâmides é de impressionar. Difícil pensar em como as civilizações antigas conseguiam fazer estruturas tão complexas.
Destino final: Teotihuacan – México
Tempo de viagem: Cerca de 3 horas
O que comemos de bom: Buffet completo na saída das ruínasno restaurante Tlacaelel. Depois de uma longa caminhada, nada como comer bem. Ainda com direito a sopa de tortilla e outras comidas típicas.
Pneu murcho: Calor, muito calor. O sol bate muito forte na região e a sombra é difícil de se encontrar no caminho
Trajeto: Tomamos a Autopista sentido Querétaro, e saímos na altura de San Juan de Teotihuacan.
A pouco mais de 40 km ao nordeste da Cidade do México, estão as ruínas de uma das mais impressionantes cidades da América pré-Colombiana: a poderosa Teotihuacan (ou a Cidade dos Deuses, na dialeto nahuátl). Sua complexidade estrutural, exaltada pelas gigantescas pirâmides espalhadas entre as largas avenidas e complexos residenciais, é ponto de passagem obrigatório de qualquer turista que passe pela Cidade do México.
Estabelecida em torno dos anos 100 AC-250DC, Teotihuacan surgiu como um novo centro religioso na Mesoamérica. Porém, evidências mostram que a cidade acabou se desenvolvendo como um forte centro comercial da época, estendendo sua influência a diversos povos vizinhos. No auge de sua civilização, em meados do século V, acredita-se que a cidade pode ter chegado aos 150 mil habitantes (ou mais!), distribuídos por mais de 30 km² de território. Era uma das maiores cidades do mundo nesse período, e a maior da Mesoamérica.
Apesar de diversas semelhanças, Teotihuacan não era uma cidade maia ou azteca, nem mesmo olmeca ou tolteca. A verdade é que a origem étnica deste povo ainda é um mistério, muito provavelmente uma mistura de povos ainda mais antigos, mas sua complexidade cultural a torna uma civilização própria, os Teotihuacanos (nome este, dado posteriormente pelos aztecas).
Começamos nossa visita no portão 1, onde chegamos caminhando depois de deixar a Tanajura estacionada no Teotihuacan Trailer Park, lugar em que passamos a noite. Aliás, o local é ótimo e a hospitalidade da simpática senhora são de tirar o chapéu.
Chegando a Teotihuacan, a cidade realmente impressiona. De longe, a Pirâmide do Sol surge pomposa, como se estivesse a poucos metros de distância. Entrando pelo portão 1, demos de cara com o Palácio de Quetzacoatl, um dos edifícios mais luxuoso (senão o mais) e um dos mais importantes da cidade. Pode ter sido a residência de um personagem notável e influente. Encontra-se amplamente decorado com murais muito bem preservados, sobretudo no que toca à cor vermelha que era a cor preferida desta civilização.
Logo ao lado, está uma das principais construções da cidade, a Pirâmide da Lua, a segunda mais alta de todo o sítio arqueológico. Toda simétrica, a pirâmide dá acesso à longa Calzada de los Muertos, uma larga avenida que corta Teotihuacan de ponta a ponta. Construída sobreposta a outra construção que data do ano 200 DC, diz-se que a Pirâmide da Lua é dedicada a sacrifícios à deusa da água. Se pode subir a meio caminho do topo, de onde se tem uma vista privilegiada de toda a cidade, incluindo a majestosa Pirâmide do Sol.
Esta é a obra-prima da cidade. Com seus 70 metros de altura e 225 metros de base lateral, a Pirâmide do Sol é espantosamente grande. A complexidade da construção feita a milhares de anos atrás, sem nenhum dos instrumentos que facilitam nosso trabalho hoje nos fazem parar para pensar em como isso foi possível. A construção foi feita em impressionantes 150 anos, a partir do ano 0.
Seguindo ao sul da Calzada de los Muertos, está a La Ciudadela e também o belo Templo da la Serpiente Emplumada, ou o Templo de Quetzacoatl. Construídos entre os anos de 150 e 250 d.C., a Ciudadela foi o novo centro político, cultural e econômico da cidade de Teotihuacán, e tinha capacidade para abrigar cerca de 100 mil pessoas.
A visita ainda teve direito a um museu na saída, onde pudemos observar alguns objetos retirados das ruínas e aprender mais sobre a história de Teotihuacan. Preferimos fazer toda visita ao sítio arqueológico sem um guia para economizar, mas há diversos deles disponíveis nas entradas da cidade.
Um dia inteiro de passeio é o mínimo que se pode reservar para conhecer bem este maravilhoso sítio arqueológico. Fora da alta temporada (julho e agosto), tivemos pouco problemas com filas e as ruínas estavam lá praticamente para nós. A visita foi impressionante e nos instigou a conhecer mais sobre esses povos misteriosos que ocuparam nossa América há milhares de anos atrás.
Para conferir mais fotos de Teotihuacan, clique aqui!
8 Comentários
Eu ainda não tinha visto este post, rapazes! Nossa, eu realmente fiquei deslumbrada com as imagens e em como vocês captaram a essência do lugar. Por causa de vocês estou com uma mega vontade de conhecer o Mexico… e nunca tive isso antes…
Quanto à “pulga atrás da orelha, tenho bem minhas teorias…rs
Enfim, parabéns pelo post!
Theotihuacan; pirâmides… um mistério que encanta!
Que lugar incrível!
A D O R E I !
Boa Viagem!!!
Bjs
Que bom que vocês ainda estão na estrada.
Tomei ciencia agora deste projeto. Vou acompanha-los com muita alegria e pedindo ao Universo muito Axé para vocês.
Carinho, a baiana Dulce
Oi, Dulce!!! Ficamos muito felizes com o apoio! Brigadão pela força!! Se cuide por ai! Beijo grande!
MUI RICO!!!!!
Riquissimo, Geyza!!! Beijão!
Fantástico! Tenho verdadeira loucura de conhecer esse lugar que inexplicavelmente nos surpreende pela sua grandiosidade arquitetônica e nos coloca literalmente uma “pulga atrás da orelha” em tentar imaginar como esses templos foram construídos e especialmente saber de fato quem ajudou com a tecnologia! Meu sentimento é que houve de fato ajuda de seres superiores.
Teotihuacan é intrigante mesmo! O lugar tem uma enrgia que impressiona! A pulga continua atrás da orelha, mesmo depois de ouvir todas as teorias! Acho que nunca saberemos! Grande abraço!