Ficha 4×1
Data: 21/01/2013 à 23/01/2013
Saímos de: Cidade da Guatemala
Distância total: Aproximadamente 40 km.
Onde dormimos: Nas barracas, dentro do pátio da polícia turística de Antigua.
Pneu Cheio: A arquietetura colonial circundada pelos vulcões.
Trajeto: Panamericana.
Destino final: Antigua.
Tempo de viagem: Aproximadamente 1h.
O que comemos de bom: As tortas dos cafés ao redor da praça, especialmente o pastel tres leches.
Pneu murcho: O preço um pouco salgado.
Seguindo estrada, nosso próximo ponto de parada era Antigua, Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco em 1979, e reconhecida pelos seus visitantes por sua charmosa arquitetura renascentista espanhola em meio a um vale cercado por vulcões como o vulcão da água e o vulcão do fogo. Seu valor histórico é enorme para o país, já que na primeira metade do século XVI passou a ser a capital do reino da Guatemala, que compreendia toda a atual América Central continental, com exceção do Panamá. Em pleno desenvolvimento, a cidade foi vítima de um terremoto no ano de 1773, o que gerou uma pausa no seu processo de crescimento. Em função dos graves terremotos que se seguiram, e que destruiram boa parte da cidade, foi tomada a decisão de que a capital precisaria ser reconstruída em um lugar mais seguro. A 40km dali surgiu a cidade da Guatemala, que passou a ser a capital do país, enquanto Antígua foi reconstruída mantendo seu charme colonial apesar de ter perdido sua importância política.
Chegamos já era noite, depois de pegar o Gustavo no hospital por volta das 18:30 e passar no Subway para um lanche ainda em Guatemala City. A estrada era boa, mas em função do horário, o trânsito para sair da cidade era intenso, e por isso demorou um pouco mais para fluir. Era uma serra com muitas curvas e ladeiras para baixo bem inclinadas e por isso, havia rampas para caso se perdesse o freio, algo que não havíamos visto antes. Logo na entrada da cidade havia diversos hostels, mas como já estávamos com o MODO POUPADOR acionado, fomos atrás de outras opções e acabamos encontrando no centro de polícia turística um espaço enorme e seguro, onde para nossa surpresa, haviam outros “campers”, inclusive um casal que havia ficado no mesmo camping que nós, lá no México (Guanajuato)! Logo depois de montar as barracas, ficamos conversando por horas com os 3 casais americanos, (um era do Alaska e por trabalhar com empresa de óleo, conhecia e admirava profundamente a Petrobras). Foi uma conversa agradável em que falamos das diferenças entre viajar de carro e de mochila (todos eles estavam de carro), sobre roteiro e futuro pós-viagem!
No dia seguinte, fomos caminhar pela cidade e logo vimos um McDonalds, numa casa estilo colonial, com um jardim imenso que acabou nos convencendo de comer por lá em uma das noites! Visitamos as ruínas do Convento de los Mercedarios, da igreja Nuestra Señora de las Mercedes, que foi destruída por terremoto no século XVI e reconstruída 50 anos depois.
Com uma caminhada de alguns minutos morro acima, chegamos ao Cerro de la Cruz, de onde tivemos uma vista incrível da cidade cercada por montanhas e vulcões!
Ao longo da caminhada passamos por um restaurante super tradicional, com músicos que tocavam xilofone (instrumento que os guatemaltecos clamam ser os inventores), e que possuía um jardim impecável. Apesar do lado esquerdo do cardápio ser tentador, o lado direito nos impossibilitava, hahaha!
Acabamos comendo num restaurante chamado La cancha, indicado pelo guia. Entramos até o fundo do mercadinho, onde havia uma mesa grande, que dividimos com um casal de senhores turistas e um rapaz que parecia ser local. A comida se chamava “Pepian de pollo”, um ensopado com bastante tempero que a simpática senhora nos serviu! Como em diversos lugares ao longo das Américas, não poderia faltar o “avocado” (abacate) para acompanhar!!!
Com a fome saciada, saímos do restaurante, e na caminhada pelas ruas visitamos uma galeria de fotos super legal nas quais os modelos são pessoas locais! Algumas fotos foram tiradas há quase 20 anos, sendo que hoje algumas das pessoas que trabalham nas lojas estão nas fotografias! Eventualmente pode se reconhecer o rosto dos vendedores nas fotografias, pois algumas fotos são antigas, fruto de uma amizade entre o fotógrafo e alguns locais que dura por mais de 2 gerações! Sentamos na praça central, por quase duas horas, onde ficamos observando os hábitos dos turistas! A grande maioria eram casais, de todas as idades e diferentes lugares do globo.
Ao lado da praça fica o palácio dos “Capitanes Generales”, antiga sede do governo quando Antígua ainda era a capital de toda a América Central, desde Chiapas até Costa Rica! Quando estávamos de saída da praça, encontramos Paulo e Andrea, casal brasileiro mineiro super gente boa, que apesar da elegância, resolveram encarar a América Central por 22 dias de mochila nas costas! Depois de quase 2 horas de conversa, com o sol já tendo se despedido, fomos ao encontro da Tanajura e retornamos para Guatemala city.
4 Comentários
QUE GRACINHA DE LUGAR!!!!!!
ACABEI DE COMENTAR O POST ANTERIOR, VEJAM TODOS!
BACCIOLOS!
Olá Geyza! Vimos e adoramos!
Bisous =)
É impressionante o fato de que grande parte das cidades que são destruídas por terremotos são reconstruídas em tempo record e passam a gozar de um sentimento de amor e carinho de sua população. Isso prova que uma tragédia tem o poder de unir uma cidade e colocar seu povo 100% focado na reconstrução criando ao mesmo tempo um sentimento especial pela cidade. Felizmente ou Infelizmente, nós brasileiros não temos essa predisposição, talvez pelo fato de termos a “graça” de nunca ter passado por isso.
Oi Rogério!
Realmente, apesar da enorme tragédia a cidade está lindamente renovada e reconstruída! E concordamos com você, com certeza essa desgraça trouxe um espírito de união especial a essa cidade! Claro que a tragédia é negativa, mas é sempre bom procurar o lado bom! Obrigado por enxergar isso, grande abraço!